O pontapé inicial
do Movimento Diálogos pelo Maranhão acontecerá amanhã (15), em Imperatriz.
Lideranças políticas que propõem um novo modelo de governança para o Maranhão
estarão presentes no auditório da Faculdade Atenas Maranhense às 19h para
discutir propostas para o Maranhão, junto à população da segunda maior cidade
do estado.
No sábado, a
caravana dos Diálogos pelo Maranhão estará em Açailândia (11h, no auditório da
Câmara Municipal) e à noite, em Itinga (19h, Câmara Municipal). A ideia é ouvir
toda a população maranhense e discutir ao lado dos movimentos sociais,
sindicais, políticos, populares e civis os principais problemas do Maranhão e
apresentar soluções para o estado.
Em entrevista,
Flávio Dino e Roberto Rocha, duas das maiores lideranças políticas maranhenses,
falaram sobre o lançamento do projeto, as principais discussões que acontecerão
neste final de semana e sobre os rumos que o Maranhão precisa adotar para obter
desenvolvimento com igualdade social.
Confira abaixo a
entrevista.
O que significa o
movimento Diálogos pelo Maranhão que será lançado na sexta em Imperatriz?
Flávio Dino: É um
manifesto em favor do Maranhão. O ponto de partida do que esperamos seja um
processo de transformação do Estado, consolidando um novo ciclo econômico com
justiça social. Queremos ouvir a população. Os Diálogos irão acontecer em todo
o Estado, respeitando as singularidades de cada região.
Roberto Rocha: Nós
acreditamos que só dessa forma, percorrendo todas as camadas sociais e
segmentos organizados, identificando pleitos e anseios, reverteremos o quadro
atual de extrema pobreza e falta de oportunidades, embora sejamos um Estado
geograficamente bem posicionado e com imensas riquezas naturais.
Como se organizará
esse debate?
Flávio Dino: A partir de
três eixos estratégicos de visão de futuro: I. Maranhão da igualdade, II.
Maranhão da democracia e III. Maranhão do desenvolvimento. Nosso Estado é rico,
mas sua riqueza não chega ao povo. O Brasil retirou 40 milhões de pessoas da
pobreza na ultima década eavança, um progresso que impulsiona diferentes
regiões, principalmente o Nordeste. Estados como Pernambuco e Ceará dinamizam
sua economia e enfrentam seu imenso passivo social. O Maranhão não pode ficar
para trás. Precisamos dar um basta nesse atraso.
Há uma contradição
no Maranhão?
Flávio Dino: Imensa. É
essa contradição que as forças da mudança se propõem a superar. Defender
verdadeiramente o Maranhão hoje significa lutar para eliminar esse descompasso
entre o que somos e o que podemos ser.
E qual será a
síntese desse processo?
Roberto Rocha: Um programa
de governo transformador, honesto e com propostas viáveis. Um programa de um
governo democrático e popular. Vamos juntos buscar novos caminhos. O pouco que
o Estado avançou até hoje se deve a ações do governo federal, aos investimentos
privados e ao trabalho do povo. O Governo do Estado é quem deve comandar o
processo de desenvolvimento do Maranhão.
Qual o foco desse
movimento Diálogos pelo Maranhão?
Flávio Dino: Geração de
riqueza e trabalho para todos. Isso se consegue com gestão moderna, eficiente e
transparente no uso dos recursos públicos. Precisamos de desenvolvimento,
aproveitando as vocações econômicas derivadas da agricultura, da pecuária, do
extrativismo e da pesca, para, a partir daí, termos uma política industrial
democrática. Mas a pauta social é também extensa: garantir ensino público de qualidade
nos diferentes níveis, melhoria da saúde, moradia e saneamento; bem como o
combate à violência e à criminalidade. Há muito por fazer. E faremos juntos.
Qual o DNA do
atraso?
Roberto Rocha: O domínio
oligárquico. O Estado não pode ser propriedade de grupos. Temos que romper essa
tradição nefasta. A alternância no poder é algo muito saudável e natural. Mudar
faz parte do jogo democrático e do ciclo da vida. Chegou a vez do povo
maranhense. A necessidade de transformação se capta nas ruas. O cidadão quer e
precisa de mais. Acreditamos que a ponte para o novo começa no jeito de fazer
política e na forma como é construída.
E você acredita que
se rompe esse modelo com os Diálogos? Por quê?
Roberto Rocha: Porque esse
movimento não é de um partido ou grupo político apenas. O sentimento inspirador
e criador é ser a favor do Maranhão. Vamos trabalhar para virar a página da
injustiça social e do abandono. Vamos recomeçar a nossa história, escrevendo
cada capítulo, agora, a muitas mãos e com muitos sonhos. Esse manifesto é um
convite aberto a todos.
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