O Partido dos Trabalhadores bateu o martelo para compor a aliança com o PSB e apoiar a reeleição do governador Carlos Brandão e Flávio Dino ao Senado, mas um movimento interno puxado por alguns militantes históricos e líderes de correntes que atuam na legenda ainda não dão por concluída a discussão sobre o nome do vice que representará o PT na chapa e pretendem levar a questão para debate no encontro de tática eleitoral que será realizados nos dias 28 e 29 de maio.
A atual direção estadual do PT, comandada por Francimar Melo, fechou questão em torno do ex-secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão, porém, tendências que teriam o controle sobre um número significativo de delegados aptos a participar do encontro que oficializará a aliança com o PSB com participação na chapa majoritária, consideram Camarão sem história na sigla e pretendem levar essa discussão à plenária.
A professora Meire Ferreira, membro da corrente Militância Socialista, por exemplo, diz que essa decisão já foi levada ao conhecimento da direção estadual e que o movimento defende que o vice de Brandão seja um petista orgânico, que tenha história de militância na legenda e aponta para o deputado estadual Zé Inácio, que mostra interesse em assumir o posto..
“Não estou dizendo que Felipe não tenha qualidade; trata-se de um pessoa de bom caráter, mas não tem história no PT. Nosso movimento não é contra ninguém, muito menos de afronta ao ex-governador Flávio Dino (PSB), mas entendemos que Camarão representa mais para o PSB do que para o PT e o que nos interessa é fortalecer as bases do nosso partido”, observa Meire.
Felipe foi lançado vice-governador na chapa de Brandão dia 31 de março deste ano em solenidade festiva na sede do PT, no Cohafuma, com as presenças do então governador Flávio Dino e do seu vice e hoje governador Carlos Brandão. Nesta mesma data, o presidente estadual Francimar Melo postou nas redes sociais as razões que levaram à escolha de Camarão
“Nossa decisão em torno do nome do vice-governador levou em conta a expressão política e atuação dentro do partido. Essas duas particularidades foram essenciais no diálogo em torno da escolha de Felipe Camarão”, afirmou Francimar.
Em recente entrevista ao programa Contraponto, da Rádio Timbira AM, o presidente do PT disse ainda que todas as decisões da direção estadual estariam sendo tomada de comum acordo com a direção nacional e sendo assim o encontro estadual será apenas para oficializar a decisão de compor aliança com o PSB, tendo Felipe Camarão como vice na chapa.
Como a palavra consenso não existe no vocabulário do PT, o movimento que deseja rediscutir o nome do vice pode ser considerado normal, faz parte do cotidiano petista, porém fontes do partido acreditam que Felipe Camarão possui apoio suficiente e deverá ser mantido.
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