O governo faz alarde em
torno do asfaltamento da famosa Estrada do Arroz. Estamos no ano de 2014 e
não custa lembrar que em janeiro de 2012 o governo do Estado e a Prefeitura de Imperatriz
davam um prazo de 30 a 40 dias para conclusão do trecho que vai de Imperatriz a
Cidelândia.
Essa é mais uma estrada
misteriosa no Maranhão que já foi asfaltada pelo menos uma dezena de vezes,
somente no papel; ou seja, esfarelou, virou farinha. Só não é fantasma, como
tantas outras, porque até onde se sabe fantasmas não comem; nem farinha, nem
arroz.
Há outros exemplos de
estradas que esfarinharam nas moendas da corrupção, como a famosíssima
Arame-Paulo Ramos, que, de tanto ser construída, acabou deixando de existir.
Nesta não foi apenas o asfalto que esfarinhou; o dinheiro público também virou
farelo, pois tendo sido totalmente paga na década de 90, nunca, jamais ninguém
viu sinal de pavimentação por lá.
Outra que virou farinha,
ou pelo menos bolo financeiro – e esta bem mais recentemente – foi a estrada
Vargem Grande – Coroatá, que teria sido dada como concluída pelo governo do
Estado para justificar empréstimos junto ao BNDES capazes de inviabilizar o
Maranhão economicamente durante muitos anos.
É claro que todos,
principalmente os moradores dos povoados ao longo daquela via pública, esperam
que desta vez a Estrada do Arroz seja realmente pavimentada e que não se
esfarinhe na eterna vicinalidade que atinge tantas outras no Maranhão. De
estradas de farinha, que simplesmente viram poeira ou se dissolvem no caminho
entre dois municípios já está farto o Maranhão. E se esfarinham junto com
recursos públicos, que, da mesma forma que a farinha, nunca ninguém vai
descobrir quem comeu. (JM Cunha Santos)
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