É extremamente delicada a situação dos deputados Josimar de Maranhãozinho (PL) e Pastor Gil (PL) após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação deles e do suplente de deputado Bosco Costa (PL-SE). Os três parlamentares do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe contra a democracia, também poderão ser condenados e ter seus direitos políticos cassados.
A data do julgamento que definirá as penalidades dos três réus pelo suposto esquema de propina montado para desviar dinheiro públicos de prefeituras, mas pelo relatório da PGR ao pedir ao Supremo Tribunal Federal a condenação, provavelmente ficarão impedidos de disputar as próximas eleições.
Em fevereiro, a PGR apresentou a denúncia. No mês seguinte, viraram réus. Pesam contra eles as acusações de organização criminosa e corrupção passiva. O indicativo é de que cobravam propina para direcionar emendas parlamentares.
O pedido de prisão faz parte das alegações finais do caso que corre na primeira turma do STF. Agora a ação penal entra na fase de instrução, na qual são feitos os interrogatórios e ouvidas as testemunhas.
De acordo com a Polícia Federal, há farto material recolhido que sustenta a denúncia do Ministério Público, contendo áudios, mensagens e anotações. O grupo, liderado por Maranhãozinho, teria direcionado uma emenda de R$ 6,67 milhões para o município de São José do Ribamar (MA) mediante contrapartida de R$ 1,6 milhão. Este é um dos casos atribuídos ao trio.
Também foi apontado o uso de familiares como ‘laranjas’ pelos deputados. Bosco Costa usou a esposa e o filho para receber as propinas. Era praxe a cobrança de 25% sobre o valor da emenda pelo grupo.
O esquema durou até 2021. No ano seguinte os acusados passaram por busca e apreensão que recolheu as provas do esquema.
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