Uma empreiteira do Paraná, que concentrou doações eleitorais para partidos aliados do governo e é alvo de investigações por irregularidades, aumentou em 1.273% seus contratos com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) de 2004 a 2010, informa reportagem de Breno Costa, Andreza Matais e Rubens Valente, publicada na Folha desta terça-feira.
Desde o início do governo Lula, a Sanches Tripoloni, de Maringá, vive um crescimento em seus contratos. Saiu de R$ 20 milhões em 2004 para R$ 267 milhões no ano passado (valores atualizados).
Procurada, a Tripoloni informou que seus responsáveis estão viajando e se manifestarão na semana que vem. Gleisi afirmou que as doações eleitorais foram legais e a iniciativa partiu da empresa.
O Dnit, ligado ao Ministério dos Transportes, é alvo de suspeitas após reportagem da revista “Veja” no último dia 2 informar que representantes do PR e funcionários da pasta e de órgãos vinculados ao ministério montaram um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.
Entre os citados está o diretor afastado do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que tem depoimento marcado nesta terça-feira no Congresso. À
Folha, na semana passada, Pagot deu
uma prévia de como será seu depoimento sobre o escândalo.
“O Dnit é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot”, disse, em referência ao petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, e listando, em seguida, todo o colegiado do órgão.
Pagot e outros três nomes da cúpula do Ministério dos Transportes tiveram o afastamento determinado pela presidente Dilma Rousseff.
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