Todos
os dias os moradores do bairro Bacurí, principalmente os que moram
próximos à Feirinha, acordam com uma visão nada bela: uma cortina de
fumaça sobre suas casas, os céus escuros, o ar quase irrespirável.
Trata-se da rotina de uma fábrica de beneficiamento de leite, a Palate Indústria, Importação e Exportação Ltda., que funciona onde antes era a antiga Cooperleite.
A
mesma não tem filtros em suas chaminés e despeja todos os dias sobre o
bairro uma grande quantidade de fumaça que parece ser de carvão de
côco babaçu. O fato se dá com mais intensidade por volta das 8:00hs e
durante a noite, chegando a afetar a respiração (pelo menos a minha) das
pessoas que moram mais proximas da fábrica.
Não
detenho conhecimentos técnicos sobre o assunto, mas o ambiente fica
altamente poluído colaborando para a diminuição da camada de ozônio e
talvez com graves consequencias para a saude dos moradores da redondeza.
Encaminhei a denúncia com fotos ao IBAMA através da Ouvidoria (
linhaverde.sede@ibama.gov.br). Estarei também encaminhado a denúncias às
secretarias de meio Ambiente do município e do Estado e espero uma
resposta urgente sobre o assunto. E que medidas sejam tomadas sem
protecionismo, não me venham com o velho discurso de que essas denúncias
atrapalham o progresso e desenvolvimento econômico. Queremos sim
empregos, progresso, desenvolvimento, mas também queremos qualidade de
vida…
Pensei em fazer essa denúncia antes, mas não a fiz por estarmos em um
período eleitoral e alguns acharem que eu estaria me aproveitando para
fazer proselitismo político ou cabalar votos.
Um Bacurí de problemas
Localizado
quase no centro da cidade e tendo recebido uma atenção maior da atual
gestão municipal no quesito infraestrtura, o bairro Bacurí tem porém
vários problemas a serem atacados pelos poderes públicos. A poluição da
fábrica de beneficiamento de leite Palate é apenas um deles, existem
ainda as Cerâmicas que também poluem uma grande área do bairro, o riacho
que virou um esgoto malcheiroso á céu aberto e que uma parte de seus
moradores insistem em entupir jogando lixo ou construindo irregularmente
em suas margens e, ainda, o transporte irregular de areia e outros
materias de construção, derramados nas vias públicas.
Secretaria de Meio Ambiente
Claro,
os problemas ambientais são da conta de todos nós cidadãos, governos
municipal, estadual e federal, Ministérios Públicos… Mas, na cabeceira
da fila das resposnsabilidades, cabe a um órgão tomar a dianteira: a
Secretaria de Meio Ambiente do município deveria pelo menos fiscalizar,
diagnosticar, esses problemas.
Então
fica aqui o alerta: Alô secretário de Meio Ambiente Eneas Nunes Rocha!
Acorda secretário! Como dizia o saudoso Aldeman Costa: “Ói pru tempo
homi!” (
Blog do Josué Moura)
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