O candidato da Coligação Todos Pelo Maranhão, Flávio Dino, defendeu a
transformação do modelo político do Estado baseado em três pilares: igualdade
de oportunidade, proximidade da gestão com a sociedade e honestidade. A
declaração foi dada durante debate promovido pela Comissão Justiça e Paz da
Arquidiocese de São Luís (CJP) na noite desta quarta-feira (20), na sede da
OAB/MA.
“Vamos convidar a sociedade para participar efetivamente do governo e
primar pela honestidade na aplicação do dinheiro público para combater as
graves injustiças no Maranhão e acabar com o culto à personalidade. Os
secretários vão ter que conhecer o Estado, e não a dimensão do poder”, afirmou
ao ser questionado sobre as primeiras ações de governo.
Durante o debate, Flávio Dino apresentou medidas voltadas para melhorar
a qualidade dos serviços públicos de saúde aos maranhenses. Defendendo a
participação social e a estruturação do SUS junto aos municípios, lembrou que o
Estado é o que possui a menor relação de médicos por habitantes.
Entre as ações citadas e que constam do Programa de Governo, ele falou
do Mais Médicos Estadual como caminho transitório para formação de
profissionais, apoio aos cursos de Medicina, investimento no Provab como forma
de reforçar a atenção básica, reestruturação das UPAs e conclusão dos hospitais
regionais, trabalho iniciado pelo ex-governador Jackson Lago.
Governo
participativo – Identificado com a luta de movimentos sociais, Flávio Dino reiterou o
compromisso com a promoção da cidadania, na defesa de políticas públicas e
direitos humanos. “Precisamos garantir que os setores que vivem na
invisibilidade em gestões anteriores que participem das ações de governo,
respeitar as ações dos conselhos de direitos, que não devem apenas ser ouvidos,
mas também agir junto. Defendo um governo participativo para os movimentos
sociais”, reiterou.
Sobre a dificuldade de centenas de moradores que buscam atendimento de
saúde em outros Estados do país, como os que vivem na margem do Rio Parnaíba, o
candidato criticou a falta de compromisso do governo atual, que não tem feito
os repasses ao Piauí, por exemplo, resultando na falta de assistência aos
maranhenses da região que buscam as unidades saúde. Como proposta, Flávio
defendeu a valorização do sistema para acabar com a itinerância dos
maranhenses. “A situação é muito mais ampla, maranhenses vão para outros
Estados porque o modelo não atende as necessidades”, analisou.
Organizado pela CNBB, o debate contou com a presença de representantes
da Arquidiocese de São Luís, membros de movimentos católicos, religiosos e
sociais, além de lideranças políticas.
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