O prazo para as convenções partidárias expira dia cinco de agosto, alguns candidatos marcaram seus eventos para reta final, porém, apesar das movimentações características do período que antecede as campanhas eleitorais, o pleito, segundo a última pesquisa divulgada pelo DataIlha continua limitado à disputa entre o atual prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Junior (PSB).
A campanha começar polarizada entre os dois adversários que disputaram o segundo turno das eleições de 2020, com vitória de Braide, e tudo indica, caso não surja nenhum fato novo com força de interferir da tendência do eleitorado, São Luís vai assistir um plebiscito em que estará em jogo a avaliação sobre a gestão do atual prefeito e seus programas desenvolvidos aos longo do mandato, com destaque para o “transito livre”.
Com o apoio de doze partidos que integram a aliança articulada pelo Palácio dos Leões, Duarte Junior vai novamente para o embate com o prefeito, só que desta vez abraçado com um conjunto de legendas que prometem virar o jogo, hoje, segundo as sondagens junto ao eleitorado, favorável a Braide.
Pelo que tem sido sondado junto ao eleitorado, os demais candidatos não conseguem sequer fazer sobra e chama atenção o fosso que separa os dois principais candidatos dos demais adversários. Os representantes da extrema direita e esquerda radical vão cumprir apenas papel de coadjuvantes a julgar pela performance nas primeiras pesquisas.
O deputado Yglésio Moisés (PRTB), que migrou da esquerda para a extrema direita na esperança de conseguir voto dos conservadores, tá mais para boxeador do que para candidato que almeja se consolidar como representante do conservadorismo. Falta-lhe legitimidade, os bolsonaristas da Ilha parece não acreditar na pregação do novo paladino da moralidade, da família e dos bons costumes.
Considerado independente e com experiência em eleições passadas, Wellington de Curso (Novo) pode crescer e tudo vai depender de seu desempenho pessoal nos debates e no fluxo da campanha como um todo. Pode surpreender? Pode, mas parece pouco provável ter fôlego para ultrapassar Braide e Duarte na corrida ao Palácio de La Ravardiére.
Fábio Câmara (PDT) é visto com certa desconfiança. Primeiro por ter se filiado ao PDT sendo cria do grupo do Sarney, em especial do polêmico ex-deputado Ricardo Murad e ter garantido sua participação na eleição mediante um suposto acordo com o presidente estadual do partido, senador Weverton Rocha, cujo teor é mantido em segredo. Tudo leva a crer que será apenas mais um coadjuvante, pois o verdadeiro objetivo do partido é tentar eleger representante à Câmara Municipal.
Já Flávia Alves (Solidariedade) é cristã nova querendo se consolidar como liderança. Iniciou sua carreira na política tentando um mandato de deputada federal, sem sucesso, e agora vai testar sua força na capital. É considerada de centro esquerda, até o momento ocupa as últimas posições na corrida eleitoral, mas pode crescer dependendo da performance na campanha, mas não constitui ameaça aos dois principais candidatos que lideram na preferência do eleitorado de São Luís.
A extrema esquerda, por outro lado, possui Saulo Arcangeli (PSTU), um legítimo representantes deste segmento político e, a exemplo de pleitos passado, deve aproveitar o momento para defender suas bandeiras de luta em favor da classe trabalhadora, pois sabe perfeitamente o espaço que ocupa no jogo sucessório e a melhor forma de usá-lo.
E assim, sem serem incomodados, Braide e Duarte caminham para reviver em 2024 o mesmo duelo de 2020, quando lideraram e foram ao segundo turno.
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