Falando
diretamente ao deputado Roberto Costa (PMDB), que explorou o  assunto da
administração municipal na sessão de quarta-feira (13), Othelino disse que não
é mostrando os problemas da Oposição para tentar “tapar o sol com a peneira”
que o governo do Maranhão vai resolver o caos que se instalou na Segurança
Pública. “Não cabe jogar a culpa para outras instituições. A governadora precisa
assumir, de fato, o problema e não apenas soltar meras palavras. Tem que
apresentar ações efetivas para tirar o Maranhão desse estado de insegurança e
de pobreza”, afirmou.

Othelino
lembrou que Edivaldo Holanda Jr, ao assumir a Prefeitura de São Luís,
disse que a transparência seria uma marca da sua gestão e ele está cumprindo ao
pé da letra. Segundo o deputado, neste último caso da demissão do secretário de
Obras e Serviços Públicos, José Silveira, houve uma situação que incomodou o
prefeito e, em função disso, ele preferiu afastar o auxiliar para fazer
valer a máxima da sua gestão e mostrar à sociedade que ele não admite sequer
dúvidas com relação à postura dos seus assessores.

“Edvaldo
tomou uma atitude rápida, correta e que não se faça aqui pré-julgamento do
ex-secretário de Obras. Ali não existiu comprovação de desvio de recurso
público. Não existiu o que foi sugerido em algumas matérias publicadas na
Imprensa. Não dá para afirmar que o Silveira foi demitido por corrupção, porque
isso não está provado”, frisou Othelino.

Segundo o
deputado, no caso do contrato com a empresa de uma irmã de ex-sócio de
Silveira, o que tem que ser identificado é se houve um direcionamento, um
favorecimento driblando a legislação que rege a utilização dos recursos públicos,
bem como os processos licitatórios, pois somente a relação mencionada de
parentesco entre terceiros não impede  nenhum tipo de contratação. “Agora
se houve direcionamento, se ficar comprovado isso, aí existiu um ilícito; e
quem for culpado tem que pagar por isso”, analisou Othelino.

DIFERENÇA

Para o
deputado do PCdoB, um dos pontos que diferencia Edivaldo Jr de Roseana é que o
prefeito, na suspeita que o incomodou, afastou logo o secretário de Obras,
enquanto que a governadora não age assim. Othelino citou o caso do secretário
estadual de Desenvolvimento Social, Fernando Fialho, que foi pego com a “boca
na botija” em convênios fantasmas, ficou provado que as obras não aconteceram, mas
os recursos foram pagos; e mesmo assim, o auxiliar continua até hoje no cargo.

“E se o
prefeito perdeu a confiança em qualquer secretário, ele tem que trocar mesmo.
Deve mesmo agir assim quando achar que algo não está funcionando bem. É assim
que um administrador correto faz. No caso do ex- secretário de Educação, Allan
Kardec, ele não saiu por suspeita de corrupção. Pediu para sair. Foi publicada,
inclusive, a carta de exoneração que ele apresentou. Ele optou por voltar para
a vida acadêmica”, comentou Othelino.