O ano de 2023 está indo embora deixando um quadro de indefinições sobre as pré-candidaturas à Prefeitura de São Luís. Do plantel que já ase apresentou até o momento, somente estão garantidos pelos seus respectivos partidos o atual mandatário Eduardo Braide (PSD), Duarte Junior (PSB) e Neto Evangelista (União Brasil), os demais ainda procuram legenda, não tiveram aval de suas siglas ou dependem de decisões judiciais.
Dois casos são bem emblemáticos e dão um noção do quadro de dificuldades que enfrentam no momento: o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Junior faz pré-campanha nas redes sociais, mas não está filiado a partido. As conversações com a federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) esfriaram, dirigentes do PT e do PCdoB manifestaram pela aliança com o PSB de Duarte, levando de reboque o PV, o que significa que as portas se fecharam.
Bem situado em todas as pesquisas já divulgadas até o momento, Edivaldo nunca veio a público manifestar interesses em tentar um terceiro mandato, mas é fato que tem usado as redes sociais para fazer pré-campanha mostrando o grande trabalho que fez ao longo dos seus dois mandatos. A grande dificuldade do ex-prefeito, no entanto, é encontrar abrigo em alguma sigla disposta a bancara sua candidatura.
Eleito deputado estadual pelo PSB, Yglésio Moisés tenta na justiça sua desfiliação. Ele conseguiu no TRE-MA autorização para sair sem o risco de perder o mandato, mas a direção estadual do PSB recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aguarda manifestação. Caso seja mantida a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, o parlamentar ainda terá que encontrar uma legenda que lhe garanta o direito de participar do pleito, agora como representante da extrema direita bolsonarista.
O ano que está indo embora deu uma sacudida grande no cenário político local. A ida do ministro Flávio Dino (PSB) para O STF (Supremo Tribunal Federal) deixou para o governador Carlos Brandão a responsabilidade de comandar o processo sucessório nos municípios, principalmente na capital, maior colégio eleitoral do estado. E o governador que todos imaginavam que já teria se decidido pela candidatura de Duarte, agora diz que não descarta a possibilidade de ficar neutro no processo sucessório.
Como foi aventado apenas a possibilidade de neutralidade do mandatário estadual, uma posição definitiva, conforme ele mesmo já adiantou em várias entrevistas ao longo ao ano, somente deverá ser anunciada no início de 2024.
A expectativa logo para o mês de janeiro gira em torno da posição do governador, pois deve influenciar na definição de um outro partido da base aliada, o MDB, agora sob o comando de Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão, que anunciou para janeiro uma reunião com o presidente do diretório municipal, deputado federal Cleber Verde, que defende aliança com o prefeito Eduardo Braide, mas enfrentar resistência interna.
2024 chegará com muitas expectativas sobre definições em torno do processo sucessório pois deverão impactar nas candidaturas; por enquanto a disputa continua polarizada entre Braide e Duarte, porém o fator Brandão pode ser decisivo numa eleição que promete ser bastante disputada e resultado imprevisível.
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