Não são verdadeiras as denúncias veiculadas na
propaganda eleitoral de Washington Oliveira (PT), que acusa o deputado federal
Edivaldo Holanda Júnior (PTC) de não ter assinado o requerimento da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, que investiga as relações entre o
contraventor Carlinhos Cachoeira e o poder público.
O relatório da Câmara dos Deputados, de 20 de março
de 2012, constando a assinatura do deputado petecista entre os 182 deputados
que primeiro assinaram a CPI do Cachoeira. Conforme o relatório da Câmara,
Edivaldo assinou o pedido de início da CPI ainda em março.
O documento requer que a Câmara instale uma
“Comissão Parlamentar de Inquérito composta por 25 (vinte e cinco) membros e
igual número de suplentes, com a finalidade de, no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, investigar as práticas criminosas desvendadas pela Operação
Monte Carlo da Polícia Federal.”
O documento publicado por Washington é posterior ao
relatório de março. O candidato do PT fez uso do relatório da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), instalada no Congresso Nacional, em
abril deste ano, muito depois da assinatura de Edivaldo. Por um problema
técnico, o nome de Edivaldo não apareceu na lista final. No entanto, a correção
foi feita no mesmo dia.
A “prova” que o petista diz portar é, portanto, o
primeiro relatório gerado pela Câmara dos Deputados, na qual, por falhas
técnicas, não consta o nome de Edivaldo.
O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA)
decidiu condenar a propaganda de Washington, declarando se tratar de uma
“duvidosa propaganda eleitoral impugnada”.
Na realidade
Washington resolveu dá o último tiro da campanha. Ele sabe perfeitamente que a
eleição está polarizada entre Edivaldo Holanda e João Castelo e age desta forma
porque está a serviço do Sarney, que quer a qualquer custo evitar e eleição de
Holanda para não fortalecer o projeto Flávio Dino 2014.
Nos bastidores da sucessão corre
o comentário de que Castelo já teria se acertado com o ministro Edison Lobão
para 2014 justamente porque não terá espaço no palanque onde está reunida a
verdadeira oposição à oligarquia Sarney. O prefeito, inclusive, deve receber o
apoio discreto de Roseana no segundo turno.
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