A escrivã piauiense Loane Maranhão da Silva Thé, de 33 anos, foi
assassinada a facadas enquanto tomava depoimento de um preso, na Delegacia da
Mulher de Caxias-MA. Segundo o delegado regional Celso Álvares Rocha, Loane
chamou o preso Francisco Alves Costa, de 43 anos, que trabalha como gari no
município, e foi intimado a depor sobre acusação de estuprar as próprias
filhas, de 17 e 20 anos. Por volta do meio dia, o suspeito surpreendeu a
escrivã, pegando uma das facas que haviam sido apreendidas ao longo do dia, em
operações.
Para o deputado federal Domingos Dutra (SD/MA), mais essa tragédia, que
tem como vítimas servidores da Segurança Pública, é o resultado da falta de
governo no Maranhão, onde o maior reflexo disso se expressa na violência, na
criminalidade, e na insegurança. “No Maranhão, por falta de governo, bandidos
já metralharam delegacias, roubaram agências bancárias dentro do palácio;
policiais militares fizeram passeatas, requerendo segurança para si; e agora
uma escrivã é morta no interior de uma delegacia”, disparou indignado, o
parlamentar.
Segundo dados oficiais divulgados amplamente pela imprensa nacional, o
Maranhão tem a menor efetivo de policiais por habitante no Brasil: 1 para cada
710 moradores. Além de ter também o menor número de juízes. A deficiência de
material humano se reflete ainda nos equipamentos básicos para se garantir a
ordem. “O aparelho de Segurança do estado dispõe de viaturas, a maioria
adquiridas com a ajuda do governo federal, mas não tem quem as dirija, e isso é
uma completa vergonha. As armas são defasadas; há escassez de coletes
balísticos e munições; sem contar que no interior os policiais vivem de esmolas
de prefeitos e da ajuda da comunidade”, completou o deputado federal.
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