Um dos elementos-chave para o êxito nas urnas após uma campanha eleitoral é a capilaridade política do candidato. “Outsiders”, pessoas de fora que se aventuram pela primeira vez em uma disputa, são eleitos como exceção à regra. No geral, eles ficam sem vez diante de atores com maior traquejo político. Suas vidas públicas também não costumam ser duradouras.
Na capital maranhense, os dois principais postulantes têm visões e atitudes distintas em relação à política.
Como “outsider”, em 2016, Eduardo Braide não resistiu à máquina política que reelegeu Edivaldo Holanda Júnior à Prefeitura de São Luís. Já em 2020, quando se saiu vitorioso, teve de fazer alianças programáticas que lhe garantissem estrutura.
Em 2024, na condição de prefeito, Braide tenta dissociar-se da política. No período pré-carnavalesco deste ano, o atual gestor tentou cantar alguns versos da cantora Manu Bahtidão para dar o tom do que deve ser sua campanha no aspecto político: “Eu e vocês / Contra o Mundo / Eu enfrento tudo / Se tiver vocês”.
Seu oponente, o deputado federal Duarte Júnior (PSB), marcha pelo sentido contrário. Após a pulverização de candidaturas no campo governista da época, que acabou beneficiando Braide, o desafiante único da atual gestão deve ser o parlamentar. Com o apoio dos principais atores políticos da atualidade.
Nomes como Felipe Camarão (PT), André Fufuca (PP), Márcio Jerry (PCdoB), além do governador Carlos Brandão (PSB), não devem medir esforços durante a campanha eleitoral que se avizinha.
Se a política é a arte do diálogo, Duarte é quem tem mais gasto saliva para construir sua futura candidatura. A história mostra que é na política que as vitórias se sustentam.
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