O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, em nota oficial publicada nesta quarta-feira (8) afastou o deputado federal licenciado e ministro do Esporte André Fufuca, pré-candidato ao Senado, do comando da legenda no Maranhão.

A decisão de Nogueira está relacionada a posição de Fufuca de continuar no governo Lula, desobedecendo orientação da direção nacional de entregar todos os cargos que o partido ocupa.

Segundo a nota assinada por Nogueira, o ministro do Esporte, além de perder o controle do diretório da sigla no Maranhão, será destituído do cargo de vice-presidente nacional da legenda.

“Diante da decisão de desobedecer a orientação da Executiva Nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca fica, a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência nacional do partido”, diz o presidente nacional do PP.

Ciro Nogueira diz ainda que “a Direção Nacional do Progressistas realizará, ainda, intervenção no diretório do Maranhão, retirando o ministro do comando da legenda no estado” e que “não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”.

Fufuca participou, segunda-feira, da entrega de residências do Minha Casa, Minha Vida em Imperatriz (MA), ao lado do presidente Lula jurando fidelidade ao petista e declarando apoio à sua reeleição.

— Eu falo em alto e bom som: eu estou com Lula. Eu estou com o Lula do Bolsa Família, do Vale Gás, do Pé de Meia, o Lula do Mais Médicos, do Mais Renda, do Fies, do Prouni. O Lula que tirou o filho do pobre da rua e colocou para fazer medicina na faculdade privada. O Lula que falou em alto e bom som para os Estados Unidos: respeite o nosso Brasil. É esse o Lula que estou ao lado dele — afirmou Fufuca.

Em seu pronunciamento, o ministro André Fufuca deixou claro que não seguiria a orientação do PP sobre sucessão presidencial e assumiu que fez escolha errada em 2022 e que não repetirá em 2026.

— O importante não é justificar o erro, o importante é evitar que ele se repita. Em 2022, eu cometi um erro. Agora, em 2026, pode ser que o meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma, o meu coração e a minha força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil — afirmou.