Ato político-cultural lança
ex-governador de Pernambuco e Marina Silva pré-candidatos a Presidência
Por Gil Maranhão
(Direto de Brasília-DF)
Em um ato político-cultural (discursos
intercalados por apresentações do pianista Arthur Moreira Lima, declamações do
poeta Antonio Marino, e fala do escritor/dramaturgo Ariano Suassuna), realizado
nesta segunda-feira (14), no Hotel Nacional, em Brasília, o ex-governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
foram lançados pré-candidatos à Presidência da República.
O ato reuniu mais de mil pessoas –
entre jornalistas dos principais veículos de Comunicação do País (e alguns
estrangeiros) e militantes dos partidos PSB, REDE, PPS e PPL, além de
representantes do PDT e PROS.
“BRASIL, NÃO DESANIMA…” – Eduardo e Marina foram
recebidos pelos no auditório com palavras de ordem como “Brasil /não desanima
/a solução é Eduardo e Marina” e depois “Um passo à frente / Eduardo
Presidente”.
Com a formalização da chapa (que será
confirmada na convenção partidária de junho) o PSB quer acelerar o processo de
transferência de votos da senadora para o ex-governador – que vem registrando
crescimento ainda tímido nas pesquisas (pulou de 7% para 10%).
“DILMA FRUSTROU, PERDEU O RUMO” – Em um discurso de
45m, Eduardo Campos disse que o Brasil está cansado da polarização PT-PSDB, e
que o PT e PMDB “já deram o que tinha que dar”. E teceu fortes críticas ao
governo Dilma. “É paradoxo, frustrou a todos e quebrou 02 das maiores estatais
do País – a Petrobrás e a Eletrobras”.
Segundo ele, “o Brasil perdeu o rumo
estratégico. Dizia que ia para um lado e ia para o outro. Foi perdendo seus
fundamentos macroeconômicos, na inclusão social. E a gente viu que esse
processo nos conduziu ao cabo de três anos a um diagnóstico que é voz corrente:
o Brasil parou, o povo perdeu a fé”. E acentuou: “Nós não podemos deixar o povo
brasileiro desanimar da nossa luta. Nós somos os portadores dessa esperança”.
SEM VAIDADE – Na sua fala de meia
hora, Marina Silva lembrou que confiança vem do termo “fiar”. E declarou.
“Nesses 06 meses fiamos juntos, PSB e REDE, uma força que não quer andar para
trás, mas seguir rumo ao futuro”.
Deixou claro que nem todos os problemas
da aliança já estão superados e que a construção da parceria com Campos vem
sendo um longo processo. E declarou que não deixaria de aceitar ser vice por
vaidade.
“Quem viveu essa experiência de vida
que vivi jamais trocaria o futuro dos brasileiros por vaidade, por veleidade
política. Não se colocará à frente, porque aprendeu que numa mata virgem com
animais ferozes é preciso ir sempre ao lado de um bom mateiro. Não se colocará
atrás, mas se colocará ao lado. E estou aqui para me colocar ao lado de você”,
afirmou Marina olhando para Eduardo.
POVO, O 5° PARTIDO – E concluiu dando
ênfase ao que ela chamou de “5° partido” desta aliança – que tem PSB, REDE, PPS
e PPL. “Esse 5° partido, é o importante na construção dessa nossa vitória: o
povo brasileiro. Sem ele, que muitas das vezes é deixado de lado, não vamos a
lugar nenhum. Com ele seremos ainda mais fortes e vitoriosos”.
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