Eleitos com o decisivo apoio dos partidos em integram a base de sustentação do grupo que assumiu o poder em 2015, Roberto Rocha (PTB) e Weverton Rocha (PDT), dois notórios desertores do grupo governista, terminam o ano de 2022 bem menores do que quando entraram na disputa. O pleito varreu na arena política o senador em final de mandato e comprometeu sensivelmente o futuro político do seu aliado pedetista, que viu desmoronar seu ambicioso projeto de governar o Maranhão.
Os dois senadores que, que se achavam gigantes e saíram da eleição do tamanho de um pigmeu, foram apresentados à dura realidade e terão que repensar seus projetos futuro sob risco de serem cuspidos de vez da vida pública. Roberto Rocha se elegeu pelo PSB, partido de centro esquerda, mas se jogou nos braços do bolsonarismo, se associou à extrema direita e achou que poderia enfrentar seus criadores; acabou sendo trucidado nas urnas em 2018, quando tentou se eleger governador e agora 2022 na tentativa de reeleição para o Senado.
A exemplo de Roberto, que após querer impor suas vontades e fazer exigência absurda, segundo denunciou o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), Weverton Rocha, seguiu o mesmo caminho. Ao ver seu projeto de candidatura ao governo rejeitado pelo grupo liderado pelo então governador Flávio Dino, que optou pelo lançamento da candidatura de Carlos Brandão, rompeu, se se aliou também ao bolsonarismo e se lançou na aventura. O resultado foi catastrófico, ficou atrás do desconhecido prefeito fala mansa de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSC), e já há gente apostando nos bastidores da política que seu caminho de volta é questão de tempo.
O senador do PDT vem sofrendo revezes desde 2020 quando o seu partido apostou na aliança com o DEM (partido de juntou com o PSL e deu origem ao União Brasil) e lançou a candidatura do deputado estadual Neto Evangelista, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno. No segundo turno, apesar dos apelos feitos pelo grupo governista para apoiar Duarte Junior, preferiu esnobar e declarar apoio a Eduardo Braide, numa atitude considerada pouco inteligente, que praticamente zerou suas chances de representar o grupo em 2022. Ainda assim tentou impor seu projeto de candidatura, mas foi rejeitado.
Sem espaço entre os partidos da base de sustentação do governo, mas se achando no mesmo patamar de Flávio Dino e Carlos Brandão, resolveu testar sua liderança, mas foi confrontado com a triste realidade: falta de confiança da população, provavelmente, provocada pelas reportagens sobre seu estreito relacionamento com a farra do orçamento secreto e problemas com a justiça por conta de suposto desvio de recursos públicos.
Weverton sonhou grande, porém, está tendo que conviver com o pesadelo do tombo, prenúncio do que lhe espera em 2026, quando terá que se submeter novamente ao crivo das urnas.
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