Por Miosótis Lúcio
Domingo
último, dia três de março, numa conversa despretensiosa com o professor e
blogueiro Caio Hostilio, comentamos sobre alguns aspectos da política. O nosso
diálogo se deu no facebook e, como é próprio do ambiente virtual, conversamos
de forma coloquial; mais pontuando pensamentos que esclarecendo opiniões.
Minhas colocações se deram não num contínuo de pensamento, mas intercaladas
pela fala de meu interlocutor.
Para
minha surpresa, este bate-papo inspirou uma publicação do Caio Hostílio, postada
na segunda-feira. O que tratamos de forma particular foi trazido a público.
Basta
uma leitura rápida no conteúdo para perceber o tom de desencanto, decepção e
tristeza que utilizo em minhas intervenções, ao me referir ao ambiente e
práticas políticas. Era um desabafo.
Em
momento algum cito nomes de pessoas; nenhuma referência foi feita quanto a grupos
políticos ou pleito eleitoral específico. Meu desencanto é mais amplo: é com as
práticas políticas.
Inegáveis
são os indicadores sociais e financeiros que denunciam graves equívocos no
atual modelo de administração adotado no Maranhão; que, comprovadamente, não
resolve os problemas existentes – ao contrário, os tem perpetuado. É urgente a
necessidade de implementar um modelo de
Gestão Pública que enfrente essas mazelas e apresente resultados. Isto terá que
ser realizado pelo próximo governador do Maranhão; venha ele do grupo de
oposição, do grupo governista, da terceira via que se forma ou de partidos da
extrema esquerda. É a isso que me refiro quando afirmo que sou contra a
política anti-Sarney, argumento que considero esgotado em si mesmo. O debate
político deve acontecer em torno da construção de alternativas para solucionar
problemas e mudar a realidade na qual nos encontramos. Defendo alternância de
poder obrigatoriamente atrelada a essa construção.
Com
a segurança e espontaneidade que me são próprias, sempre expressei e defendi o
que penso. Este é o movimento natural da política: expressão livre de ideias,
respeito a posições e construção coletiva de alternativas para solucionar
problemas sociais. Essa é a minha compreensão política. Essa permanecerá sendo
a minha prática.
Guardo
muitas esperanças em meu coração, uma delas é que chegará o tempo em que aquilo
que nos une será muito maior que as diferenças que nos separam. Cuidar das pessoas me parece um bom caminho
para esse encontro.
São
Luís, 06 de março de 2013.
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