O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada petista na Câmara, voltou a criticar os deputados que assinaram o requerimento para pautar o regime de urgência do projeto de lei articulado por bolsonaristas que visa anistiar os golpistas do 8 de janeiro e livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro, apontado como líder da tentativa de golpe de Estado, da prisão.
Em vídeo divulgado através das redes sociais neste domingo (13), Lindbergh afirmou que os deputados que apoiam o PL da anistia são cúmplices de uma “tentativa de golpe continuada”.
“Esse PL da Anistia é a continuação da tentativa do golpe, é a continuação do 8 de janeiro. Os deputados que assinaram isso estão se tornando sócios, cúmplices da continuidade de todo aquele processo (…) O deputado que assina isso está promovendo uma depredação simbólica do Supremo também. É um ataque violento às instituições. Primeiro, porque estão querendo anistiar quem ainda não foi julgado pelo Supremo. Segundo, estão rasgando a Constituição. Os senhores têm que saber qual o papel do Supremo”, declarou o parlamentar.
Em seguida, Lindbergh alertou que a tentativa de aprovar o PL da anistia pode configurar tentativa de obstrução do julgamento de Bolsonaro, o que em tese poderia ensejar prisão preventiva.
“Então, eu queria que os deputados soubessem, vocês que estão assinando essa aventura, na verdade vocês estão compactuando, estão se associando a uma organização criminosa que tenta impedir um julgamento isento por parte do Supremo Tribunal Federal (…) E eu tenho dito isso aos deputados, você sabe que um dos maiores motivos para prisão preventiva é quando você atrapalha uma investigação”, alertou ainda.
“Atrapalhar a investigação pode levar à prisão preventiva. Os senhores têm prerrogativas parlamentares, mas não podem se escudar na prerrogativa parlamentar para cometer crimes. Nesse caso é mais grave. Esse caso não é atrapalhar uma investigação, é tentar obstruir um julgamento. Anular os efeitos de um julgamento. Então eu espero que exista, nessa semana que nós vamos entrar, um mínimo de bom senso”, prosseguiu Lindbergh.
Sete dos 18 deputados maranhenses assinaram o requerimento para que o projeto que pretende anistiar os golpista fracassados seja apreciado em regime de urgência. São eles: Allan Garcês (PP), Aluísio Mendes (Republicanos), Josivaldo JP (PSD), Detinha (PL), Josimar de Maranhãozinho (PL), Júnior Lourenço (PL) e Pastor Gil (PL), ou seja, a maioria da bancada federal do Maranhão é contra liberdade para os tentaram contra a democracia brasileira e depredaram as sedes dos três poderes no fatídico 8 de janeiro de 2023.
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