Os deputados estaduais
Rubens Pereira Jr (PCdoB), Othelino Neto (PPS), Bira do Pindaré (PT) e Marcelo
Tavares (PSB) identificaram mais dois convênios suspeitos, firmados pela
Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes), que tem como titular Fernando
Fialho. Desta vez, o “Clube de Mães Nossa Senhora das Graças”, na Ilhinha, que,
na verdade, trata-se de uma escola comunitária, constou como conveniado para execução de obras de poços
artesianos e melhoramento de acessos, no valor de R$ 3.012.825,50 (mais de três
milhões de reais), que teriam sido realizadas em comunidades de São Luís.
Os parlamentares vão
denunciar mais esse caso à Assembleia Legislativa, ao Ministério Público e ao
Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os deputados estranharam o fato de uma
escola comunitária da Ilhinha firmar convênios para construção de poços e
melhoramento de acesso em comunidades de São Luís, já que esses não são objetos
de uma instituição educacional.
A vistoria, solicitada
pela Comissão de Administração Pública, Seguridade Social e Relações de
Trabalho, presidida por Othelino Neto, fez, na manhã desta quinta-feira (20),
uma busca pelo endereço do “Clube de Mães Nossa Senhora das Graças”, na
Ilhinha. Os parlamentares encontraram na Rua 09, na verdade, uma escola
comunitária, dirigida por Lúcia dos Santos, que confirmou a existência dos
convênios, admitiu que a instituição foi usada para o desvio de finalidade,
porém negou que qualquer parte desses recursos tenha ficado com a entidade.
“Representantes do
governo do Estado disseram para a gente que algumas comunidades de São Luís
estavam precisando de poços artesianos e de melhoramento de acesso, aí nós
assinamos o convênio para ajudar, só para ajudar. Mas esses R$ 3 milhões não
passaram por nós”, tentou explicar a diretora Lúcia dos Santos em meio a
palavras desencontradas.
Os convênios com a escola
comunitária ou creche foram firmados no dia 04 de julho de 2012 e têm como
objetos “Projeto de Sistema Simplificado de Abastecimento D´Água e rede de
Distribuição”, no valor de R$ 2.392.257,43, e “Melhoramento de caminho de
acesso”, no valor de R$ 620.568,07. Os dois totalizam R$ 3.012.825,50 (mais de
três milhões de reais).
Favorecimentos e desvio –
“Há suspeitas de que as associações são usadas para favorecer as mesmas
empresas denunciadas no caso Vera Macieira. Estamos em busca de todas as
informações necessárias para confirmar se há ou não práticas irregulares nos
convênios feitos com o Clube de Mães. Continuaremos as investigações para
apurar e denunciar todas as irregularidades”, disse o deputado Rubens Jr
que fez a denúncia também na sessão desta quinta-feira na Assembleia.
Durante a visita à sede
do “Clube de Mães Nossa Senhora das Graças”, Bira do Pindaré (PT) questionou a
diretora sobre o paradeiro dos R$ 3.012.825,50 direcionadas à creche. Diante
das respostas, o petista então concluiu que, na prática, a entidade teria sido
usada como laranja por pessoas ligadas ao Governo do Estado para desvio de
verba pública.
“A instituição foi usada.
Viemos até aqui e constatamos que existe uma creche, onde as pessoas realmente
trabalham, entretanto a própria diretora afirmou que nenhum centavo dos R$ 3
milhões passou pelas mãos dela. Queremos saber para onde foi esse dinheiro? O
que fizeram com esta quantia? Onde estão as obras?”, questionou Bira.
Para o deputado Othelino
Neto, trata-se de mais um caso grave que merece uma profunda investigação do
Ministério Público. “Nós estamos comprovando aqui mais um convênio suspeito que
precisa ser esclarecido. Onde estão essas obras? Em quais situações foram
firmados esses convênios?”, indagou o presidente da Comissão de Administração
Pública.
“É lamentável o que se
evidencia em mais uma vistoria. Convênios suspeitos e não se sabe onde as obras
estão. O governo do Estado precisa vir a público para dizer o que fez com esses
recursos”, cobrou Marcelo Tavares.
Os deputados foram,
ainda, à sede da empresa Sornotec, localizada na estrada que dá acesso ao
Araçagy e que recebeu o valor dos convênios para a execução das obras. Mas lá,
não encontraram ninguém. Segundo os parlamentares, essa construtora é sempre
escolhida nos convênios firmados entre a Sedes e as associações beneficiadas.
Há a suspeita de que por ela já tenham passado, pelo menos, algo em torno de R$
15 milhões.
Convocação- O secretário
Fernando Fialho foi convocado esta semana para prestar esclarecimentos à população
a respeito das graves denúncias feitas pelos deputados de oposição. Alegando
ter outras prioridades para resolver, ele enviou ofício à Assembleia
Legislativa pedindo que uma nova data fosse marcada.
“Estamos falando de
bilhões de reais que não chegam a quem deveria ser beneficiado. Primeiro foi a
Raposa e agora investigamos comunidades no São Francisco. Fernando Fialho deve
explicações a toda a população maranhense”, concluiu Rubens Jr., autor do
requerimento que convocou o secretário para prestar todos os esclarecimentos.
Relacionado
Meu caro:
É só assim que o grupo Sarney sabe fazer política.
Ninguém acredita em sã consciência que o Fernando Fialho agiu sozinho nesse furto sem o aval da cúpula do grupo Sarney.
Vê-se que esses convênios fraudulentos foram firmados exclusivamente para fins políticos / eleitoreiros.
Se existisse um Ministério Público independente, atuante, diligente, com disposição e aparelhamento para investigar algo, rapidamente se chegaria aos cabeças desse furto e também a seus tutores.
Já falam que são 60 (sessenta) convênios semelhantes a esse que serviram para que essa quadrinha montada a partir da SEDES saqueasse os cofres públicos do Maranhão. Algo que monta a quantia astronômico em torno de 300 milhões de reais.
O escândalo do desvio na construção do fórum trabalhista de São Paulo (TRT-SP), do juiz conhecido como “Lalau”, foi só de R$ 170 milhões de reais. E deu a aquela grande repercussão nacional, com prisão dos cabeças da quadrilha. Já no Maranhão dos Sarneys se rouba à vontade, em valores nominais quantias inimagináveis ao senso comum, e as autoridades constituídas, sobretudo, Ministério Público, TCE e Polícia ficam inertes como se tudo fosse uma grande banalidade ou uma grande mentira.
Esse procuradora-geral de justiça do Maranhão, Regina Rocha, é uma grande piada, ou melhor, uma autista, pra não dizer uma M…. bem grande.
Meu caro Jorge Vieira:
É só assim que o grupo Sarney sabe fazer política.
Ninguém acredita em sã consciência que o Fernando Fialho agiu sozinho nesse furto sem o aval da cúpula do grupo Sarney.
Vê-se que esses convênios fraudulentos foram firmados exclusivamente para fins políticos / eleitoreiros.
Se existisse um Ministério Público independente, atuante, diligente, com disposição e aparelhamento para investigar algo, rapidamente se chegaria aos cabeças desse furto e também a seus tutores.
Já falam que são 60 (sessenta) convênios semelhantes a esse que serviram para que essa quadrinha montada a partir da SEDES saqueasse os cofres públicos do Maranhão. Algo que monta a quantia astronômico em torno de 300 milhões de reais.
O escândalo do desvio na construção do fórum trabalhista de São Paulo (TRT-SP), do juiz conhecido como “Lalau”, foi só de R$ 170 milhões de reais. E deu aquela grande repercussão nacional, com prisão dos cabeças da quadrilha. Já no Maranhão dos Sarneys se rouba à vontade, em valores nominais quantias inimagináveis ao senso comum, e as autoridades constituídas, sobretudo, Ministério Público, TCE e Polícia ficam inertes como se tudo fosse uma grande banalidade ou uma grande mentira.
Esse procuradora-geral de justiça do Maranhão, Regina Rocha, é uma grande piada, ou melhor, uma autista, pra não dizer uma M…. bem grande.