Waldemar Ter
Os deputados Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Marcelo
Tavares (PSB) e Bira do Pindaré (PT) defenderam, na sessão desta terça-feira
(23), o ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB) no episódio envolvendo o juiz
do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Sérgio Muniz, por conta da suspensão da
publicação de uma pesquisa eleitoral sobre a disputa em São Luís.
Quem primeiro tratou do assunto foi o deputado
Rubens Júnior, sob o argumento de que o discurso foi para “trazer a verdadeira
versão dos fatos do acontecido entre o presidente da Embratur, Flávio Dino, e
um membro da Corte eleitoral maranhense” e afirmou que “é importante esclarecer
os fatos para que as pessoas não possam distorcer e para que não se possa
inverter a lógica do que aconteceu”. O parlamentar garantiu que a decisão
judicial dada pelo juiz foi contestada pelas vias legais, tanto que depois a
pesquisa foi autorizada a ser publicada.
Rubens Júnior garantiu que no mesmo dia, por
coincidência, o presidente de PC do B no Maranhão, Flávio Dino, tinha uma
audiência marcada com procurador eleitoral Marcilio Dias para tratar de
denúncia de compra de votos. De acordo com o deputado, Flávio Dino é militante
político do Estado do Maranhão, com filiação partidária, e, portanto, tinha
legitimidade de ir até o procurador Eleitoral fazer a denúncia que achasse
conveniente.
“Agora nenhum servidor público pode destratar quem
quer que seja num corredor de um tribunal”, assegurou. Sobre o vídeo veiculado
na internet sobre o episódio disse: “Todo mundo, ao olhar o filme, percebeu a
movimentação do Flávio, mas, mais importante do que isso, é um senhor que está
de braços cruzados na porta de um gabinete. E sabe quem é que está lá? O
procurador eleitoral Marcilio, e, quando se encerra o bate- boca entre os dois,
o Flávio segue o caminho que havia decido, ele vai até o gabinete do
procurador”, relatou Rubens Júnior.
O deputado Marcelo Tavares também se solidarizou
com o ex-juiz federal. “Eu quero também ser solidário ao ex-deputado federal
Flavio Dino, quando tentam mostrar ou criar uma situação onde ele teria ido ao
tribunal agredir um juiz. Ele não foi ao tribunal para isso, muito pelo
contrário, como cidadão, foi conversar, como foi dito aqui pelo deputado Rubem
Júnior, com o procurador eleitoral; tanto é que sobe as escadas do TRE, e todo
mundo aqui conhece o Tribunal Regional Eleitoral, e se dirige à esquerda, onde
fica a Procuradoria Eleitoral. Quem vai a um Tribunal para atacar um juiz,
então deveria ter ido à direita, para procurar o gabinete do juiz, o que não
foi o caso”, explicou. “O vídeo mostra que quem saiu do seu gabinete foi o
juiz”, assegurou.
O outro que se solidarizou com o ex-juiz federal
foi Bira do Pindaré. Ele criticou o juiz do TRE. “Uma vitória é iminente e,
aliás, a pesquisa ‘DataM’ é o motivo do desequilíbrio do juiz, esse sim, agiu
com destempero e fora da sua compostura; esse sim, e eu quero me solidarizar
com o Flávio Dino, por que reagiu à altura como qualquer um reagiria se
tentassem destratar qualquer um de nós, qualquer cidadão. Ninguém aceita uma
tentativa de intimidação como foi acontecida nesse episódio envolvendo o juiz”,
criticou.
Relacionado
0 Comentários