O deputado Raimundo Louro,
presidente da comissão de parlamentares encarregada pelo acompanhamento das
obras de reforma do Aeroporto Marecham da Cunha Machado, anunciou esta tarde
que a Infraero mais uma vez faltou com a verdade e não cumpriria o prazo
solicitado para a conclusão dos serviços.
O parlamentar explicou que a
comissão esteve reunida com os representantes da Infraero, José Carlos Datelli,
Hildebrando e com o Superintendente Regional, Paulo Roberto, e teve a garantia a
obra seria entregue no próximo dia 26 de maio e que 46 por cento dos trabalhos
já estava concluído
Louro relatou que no dia 20 março
deste ano os deputados encontraram poucos funcionários trabalhando, mas que o
encarregado da EP Engenharia, Carlos Pinheiro, informou que o motivo para
poucos funcionários, era em decorrência da mudança de turno, mas que o
cronograma iria ser cumprido. Ao confrontar a informação com o que viu no local,
o parlamentar chegou a conclusão que falta mais de 60 por cento a ser concluído.
“Como prevíamos, não será
concluída no prazo acordado, desta forma, quero solicitar ao deputado Carlos
Amorim, presidente da Comissão de Obras Públicas, que convoque os responsáveis
da EP Engenharia e as três outras empresas envolvidas na reforma, os
representantes do Ministério Público Estadual e Federal, a Ordem dos Advogados
do Brasil, a Polícia Federal, para que apurem a situação do aeroporto. Além de
investigar a questão levantada pela imprensa, do superfaturamento das tendas
que há mais de um ano figuram como nosso primeiro cartão postal aos turistas.
O Jornal Nacional, em matéria informativa
sobre as tendas, denunciou a dispensa de licitação para o aluguel e que os
contratos estariam sendo investigados por suspeitas de irregularidades.
Segundo o Ministério Público,
o aluguel das tendas pelos primeiros 180 dias era da ordem de R$ 1,337 milhão.
Seis meses depois, passado o período da urgência foi feita uma licitação e o
preço caiu bastante para R$ 868 mil. Também foram notadas diferenças muito
grandes em outros contratos parecidos.
O Ministério Público suspeita
que houve um acordo entre as empresas para inflacionar os valores oferecidos no
período da urgência, quando a licitação é dispensada por lei. Segundo a Polícia
Federal há indícios de parentescos entre os donos dessas empresas. “Desta
forma, fica claro que é de suma importância o acompanhamento mais de perto, uma
fiscalização mais rigorosa e que todas as autoridades competentes venham a
intervir nesta situação, que some esforços para que o nosso primeiro cartão
postal possa ser entregue a todos os residentes e turista de maneira
satisfatória, e dentro de um prazo que se não venha a ser cumprido os
responsáveis possam ser de fato punidos”, defendeu Raimundo Louro.
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