O deputado Hélio Soares (PP), num inflamado
pronunciamento na sessão de segunda-feira (19), acusou auxiliares do Governo do
Estado de usarem a máquina pública como trampolim político para 2014 e
solicitou que a presidência da Assembleia Legislativa tome providência.
Segundo Hélio Soares, secretários estão usando
indevidamente as secretarias de Estado para promoção pessoal e eleitoreira de
alguns políticos, o que ele considera uma prática “esdrúxula e duvidosas”.
Em decorrência da interferência do Palácio dos
Leões, Soares prevê que os atuais parlamentares terão muita dificuldade para
renovarem o mandato em 2014, em decorrência da deslealdade dos auxiliares da
governadora.
Diante do bombástico discurso, o líder do bloco
governista, Carlos Alberto Milhomem (PSD) disse que aceita a tese da
deslealdade, mas observou que “essa deslealdade não é só de
deputado/secretário, e sim de deputado/deputado”, afirmou.
Milhomem acrescentou que nada se faz em uma
Secretaria de Estado que não seja com aval do governador em exercício. Ele
entende que se não pode jogar a culpa nos secretário de Estado, mas sim na
chefe do Executivo.
No pronunciamento, Milhomem denunciou que muitos
colegas deputados já tiveram prefeitos tomados na marra, para votar em cicrano
ou beltrano. “Na minha primeira eleição, pediram, positivamente, que eu me
afastasse de cinco prefeituras. “Assim foi na segunda, na terceira, na quarta e
na minha quinta eleição”, lamenta.
“Quando eu disse olho por olho, dente por dente, é
porque estou acostumado a ver esse arroubo, esse arranco, esse avanço e na hora
arredar. Estou falando com muita clareza, até porque já disse não sou
candidato a nada e quero apenas ajudar, se possível for. Ou a Assembleia
Legislativa e os deputados engrossam o cangote ou a vaca vai para o brejo”,
disse.
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