O cenário políticos da sucessão da Prefeitura de São Luís deu uma sacodida grande nesta terça-feira (12) com declarações de dirigentes nacionais do PSDB e MDB em defesa dos dois principais candidatos: Eduardo Braide (PSD) e Duarte Junior (PSB).
O presidente nacional do PSDB, ex-governador de Goiás Marcone Perillo, em encontro com lideranças do partido, apenas confirmou o que já era do conhecimento público através de declarações de dirigente locais: os tucanos estão fechados e vão apoiar a candidatura de Duarte.
Os tucanos, que estão em processo de reconstrução após quase ser extinto quando passou para o comando do ex-senador Roberto Rocha, estão decididos a unir forças em torno do candidato apoiado pelo governador Carlos Brandão (PSB), um ex-tucano hoje filiado ao Partido Socialista Brasileiro.
Se no ninho dos tucanos não existe divergência quanto ao caminho seguir na sucessão da capital, o mesmo não se pode dizer da declaração bombástica feita pelo presidente nacional do MDB , deputado federal Baleia Rossi, que de forma surpreendente anunciou que o partido apoiará Eduardo Braide, confrontando a maioria dos dirigentes do partido local de seguir orientação do Palácio dos Leões.
Ainda na noite de ontem, procurado pela imprensa para se manifestar sobre a declaração de Baleia Rossi em defesa de Braide, o vice-presidente estadual do MDB, deputado estadual Roberto Costa, disse respeitar a posição do dirigente nacional da legenda emedebista, mas deixou claro que a maioria dos dirigentes locais pensa diferente e promete levar a questão para os filiados decidir.
Roberto não descartou nem a possibilidade do partido mudar de comando municipal e adiantou que na convenção será montada uma chapa para o diretório municipal onde os filiados mostrarão sua posição divergente da decisão do dirigente nacional.
Pelo que se deduz das declarações de Marcone Perillo e Baleia Rossi é que enquanto os tucanos estão firmes em relação ao projeto do governador Brandão em relação a candidatura de Duarte, o MDB patina, o que significa o prenúncio de dias agitados no partido, onde deve prevalecer, supõe-se, a vontade da maioria dos filiados, que tende seguir o projeto do Palácio de ter na Prefeitura de São Luís um aliado.
Quem pode sair chamuscado dessa refrega é o atual presidente da Comissão Provisória Municipal, Cleber Verde, que garantiu levar o partido para palanque do prefeito, mas pela disposição da maioria dos dirigentes locais terá muita dificuldade de entregar o que prometeu.
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