A possível entrada de Pedro Lucas Fernandes no primeiro escalão do governo federal reforça o time dos que defendem a atividade petrolífera na região.
A Margem Equatorial, que abrange áreas marítimas entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, é considerada promissora para a exploração de petróleo, com características geológicas semelhantes às encontradas em campos explorados com sucesso por países africanos banhados pelo Atlântico.
Além da atuação à frente da frente parlamentar, Fernandes também protagonizou outras iniciativas no Congresso com foco na região. Em 2022, apresentou requerimento para criação de uma subcomissão especial na Comissão de Minas e Energia, dedicada exclusivamente à exploração e produção de petróleo na Margem Equatorial. A proposta foi aprovada, mas acabou fundida com outra subcomissão voltada à produção de barris de óleo na Região Norte.
Na justificativa do pedido, Pedro Lucas destacou o atraso brasileiro na exploração da região: “Nos últimos 13 anos, o Brasil acumulou muito conhecimento e dados sobre a margem equatorial, que inclui as bacias ao norte, desde o estado do Amazonas, até o extremo leste nacional, no estado do Rio Grande do Norte”, escreveu. “No entanto, apesar dos estudos realizados, da liderança em tecnologia de prospecção e do conhecimento acumulado, o Brasil, durante todo esse tempo, não perfurou um único poço exploratório objetivando replicar o sistema petrolífero ‘vitorioso’ daqueles países vizinhos.”
A autorização para perfuração de um poço na Margem Equatorial, solicitada pela Petrobrás, está travada há quase dois anos. O processo se tornou um dos temas mais controversos dentro do governo, dividindo ministros e colocando em lados opostos Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se manifestou publicamente em defesa da exploração na Margem Equatorial, argumentando que o país não pode abrir mão de seu potencial energético e de sua soberania sobre os recursos naturais.
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