O senador Roberto Rocha (PSB) deve contrariar até mesmo decisão partidária e pode votar a favor da Reforma Trabalhista proposta pelo governo Michel Temer (PMDB), que será votada na próxima semana no Senado. O texto-base da reforma vai retirar cerca de 100 direitos previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), com impacto direto na vida de milhares de brasileiros.
Tudo indica que Rocha vai se manter como “adversário” dos trabalhadores na votação. Não é de hoje que ele demonstra pouco caso com a classe trabalhadora. Em fevereiro deste ano, Rocha vinha sendo acusado de dever dez meses de salários a funcionários da Rádio Capital, da qual é proprietário.
O descaso e o desrespeito para com os profissionais da emissora nunca tinha ido tão longe. Foi quase um ano sem pagar os vencimentos dos funcionários que ainda sofreram represálias e suspensões. Na época, o senador chegou a sugerir que os funcionários procurassem a Justiça do Trabalho para reivindicar seus salários.
Caso vote a favor da reforma e contra a decisão do seu partido, Roberto Rocha pode ser expulso do PSB, já que a Executiva Nacional da legenda e o estatuto do partido preconizam o afastamento dos integrantes que não seguirem a decisão partidária.
Certo é que o senador Roberto Rocha pode elevar ainda mais sua impopularidade ao votar a favor das reformas do governo Temer, de quem sempre foi aliado. Ao votar a favor da reforma trabalhista, Rocha pode complicar ainda mais seu projeto eleitoral para 2018, quando ele pretende enfrentar o favoritismo do governador Flávio Dino (PCdoB) nas eleições para o governo do Maranhão.
Vale lembrar que há pouco mais de dois anos, nas eleições de 2014, Rocha contou com o apoio de Flávio Dino, e foi graças a aliança com o comunista que ele conseguiu se eleger senador.
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