Editorial – Jornal Pequeno
Um rápido passar de olhos
na coluna do sempre bem informado Dr. Pêta do último domingo e percebemos que
tem confusão de sobra na seara política do governo. “Briga de cachorro grande”,
e é só cachorro brabo. Sarney não está nada contente com o pouco caso que os
prefeitos parecem estar fazendo da campanha de Lobão Filho a governador. Seu
trato com os prefeitos não foi nada sociável.
Roseana Sarney estaria
furiosa com o candidato a governador, depois que ele resolveu tomar para si a
proeza de ter o Maranhão conseguido R$ 4 bilhões em empréstimos junto ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). E zangada também porque o candidato
disse que ela gastou somente 780 milhões sem dizer nada sobre o destino dado ao
restante. Conforme o Dr. Pêta, o entrevero entre Roseana e Edinho foi uma
‘bagaceira’. E Sarney decepcionado e zangado com os dois porque não se entendem
no exato momento em que sente seu poder ameaçado no Maranhão e, por
conseguinte, no Brasil. Como se não bastasse, o secretário Ricardo Murad, um
verdadeiro ‘trator’ quando o assunto é trabalho, principalmente em campanhas
eleitorais, não está na linha de frente da campanha de Lobão Filho, o que
arranhou a relação dos dois, que já não era lá essas coisas.
E Sarney parece disposto
a partir para a briga. Perdeu o controle dos nervos e depois de usar o termo
comunista como se fosse palavrão contra Flávio Dino, usou expressões ainda
menos diplomáticas como ‘pivete’ e mandou para o inferno seus adversários. E o
nó que engasga as relações dentro do staff governista pode ser o
fracasso do Fundema que estancou o propósito, segundo deputados de oposição, de
transferir recursos do BNDES para prefeituras, fundo a fundo, conta a conta,
sem nenhum entrave burocrático.
Muitas coisas contribuem
para patrocinar a fúria dos líderes peemedebistas nesse Estado. O resultado das
pesquisas, todas elas, colocando o adversário com boa vantagem à frente; a
existência de um comitê Dilma-Flávio Dino, que a Justiça se negou a desativar,
em plena Beira-Mar; o ritmo extenuante da campanha de Flávio Dino no interior
do Estado, a imagem do Maranhão de José Sarney no ápice da corrupção desfilando
no noticiário da Rede Globo, como nos casos da emboscada a repórteres da
emissora e da Cruz Vermelha.
O ritmo alucinante de
todas essas denúncias e o olho da imprensa nacional voltado para o Maranhão não
permitindo que atos e atitudes menos republicanos sejam cometidos para mudar a
tendência eleitoral aumentam muito o estresse.
Sem contar que o discurso
contra Edivaldo Holanda Júnior se esgota e começa a cair no vazio com o
trabalho que o o prefeito realiza no sentido da conquista da mobilidade urbana
em São Luís.
Por isso brigam contra
tudo e contra todos e brigam entre eles mesmos. E sobra confusão na campanha
eleitoral Maranhão.
Relacionado
0 Comentários