Em entrevista na manhã desta terça-feira (3), à TV Guará, o presidente da Comissão do Meio Ambiente da Assembléia, deputado Léo Cunha (PSC), confirmou a visita ao navio Vale Beijing, ancorado a 64 km do Porto da Ponta da Madeira, em São Luis. O parlamentar é o autor do requerimento, aprovado pela Mesa Diretora desde o dia 22 de dezembro, que solicitou a visita.
Léo Cunha explicou que a vista à embarcação depende, agora, unicamente de posição da Capitania dos Portos, que deverá marcar a ida dos parlamentares: “o ofício já foi enviado à Capitania dos Portos, a Comissão está esperando que o órgão entre em contato com o Legislativo para informar quais os procedimentos a serem tomados para que a visita aconteça,” disse.
Sobre o objetivo principal da visita, o deputado disse que a Comissão pretende fiscalizar e obter as informações necessárias sobre todos os procedimentos que estão sendo tomados para resolver a situação: “queremos garantir que não serão poupados esforços para evitar um desastre ambiental na Costa Maranhense,” explicou.
Entre os principais riscos que a embarcação oferece ao meio ambiente, está um possível vazamento de combustível e minério, uma vez que a embarcação apresenta rachaduras que comprometem sua estabilidade: “isso seria uma verdadeira tragédia, uma vez que causaria a morte de milhares ecossistemas na Baía de São Marcos,” alertou Léo Cunha.
Além da Comissão do Meio Ambiente, o Ministério Público Estadual, o Ministério Público da União, o IBAMA e o CREA também acompanham todos os procedimentos tomados em torno da situação que envolve o navio Vale Beijing.
O INÍCIO
As rachaduras no tanque de lastro do Vale Beijing foram detectadas há quase um mês, logo após o navio ser carregado com 260 mil toneladas de minério de ferro no Terminal da Ponta da Madeira.
Após os técnicos do navio sul-coreano perceberem que a água estava entrando de forma descontrolada em um dos tanques, resolveram abortar a viagem com destino à Holanda e deslocar imediatamente a embarcação do Porto, rebocando-a para 11km da Costa de São Luis. Atualmente, o navio está 64 km distantes da costa.
A água do tanque de lastro está sendo bombeada constantemente para fora dos tanques. Recentemente uma tentativa de retirada de óleo do navio fracassou, devido aos fortes ventos e condições da maré. Ainda essa semana, a Smit, empresa contratada pela STX Pan Ocean, fabricante da embarcação, pretende fazer uma nova tentativa.
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