Presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto disse que não viu nada para condenar Aécio
Com os votos dos senadores maranhenses João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSB), o Conselho de Ética do Senado, por 12 votos a 4, arquivou, nesta manhã de quinta-feira (6), o processo contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para investigar os R$ 2 milhões que o senador teria pedido à JBS. No mês passado, Alberto já havia arquivado monocraticamente a representação, mas teve que coloca-la para votação do plenário.
João Alberto, que é presidente do Conselho da Casa e já havia mandar arquivar monocraticamente a representação, disse que o que leu, viu e ouviu sobre a denúncia lhe conscientizam de que “não existe absolutamente nada para condenar o senador Aécio Neves (PSDB-MG)”.
O presidente do Conselho disse ainda que “ele (Aécio) não pode ficar sangrando, temos que respeitar a figura de um bom senador, que é o senador Aécio”.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lamentou o resultado e afirmou que há um acordão entre os grandes partidos para salvar os seus. Ele comparou o caso Aécio, que mantém-se relevante no cenário político, com o caso Delcídio Amaral, que era do PT, foi preso e cassado por unanimidade por seus pares no Conselho de Ética no ano passado.
— Saio daqui muito pessimista. Me parece que há dois tipos de julgamento: um contra aqueles que não têm poder político no Senado. Outro contra os que têm maior poder político no Senado. Houve aqui uma troca concreta de favores entre grandes partidos — disse Randolfe. (Com informações de O Globo)
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