Dizem as vozes mais experientes que campanha se sabe como começa, mas não como se acaba, porém, o que se tem observado na campanha pela Prefeitura de São Luís são duas fortes candidaturas polarizando a sucessão e outras seis sem a menor capacidade de reação ou de criarem algo novo que os tornem competitivos na corrida ao Palácio de La Ravardiére.
A julgar pelo resultado de todas as pesquisas já divulgadas até agora, o atual prefeito Eduardo Braide (PSD), candidato a reeleição, e o deputado federal Duarte Junior (PSB) encaminham sem sustos suas passagens para o segundo turno, já que os demais concorrentes não esbocem poder de reação.
Dos seis candidatos do segundo pelotão, apenas o deputado estadual Wellington do Curso (Novo) apresenta desempenho razoável, aparecendo em terceiro lugar na pesquisa do que o Instituto Solução apresentou nesta segunda-feira (2), com 12% de intenção de votos, mas dez pontos atrás do candidatos socialista Duarte Junior, que alcançou 22%. Braide lidera com 46% sem ser incomodado.
O representante da extrema direita, novo tutuca do bolsonarismo Yglésio Moisés, aquele deputado estadual que sofreu metamorfose, deu um cavalo de pau e trocou a esquerda pelo conservadorismo extremado, pelo visto, mesmo associando sua imagem a Bolsonaro, não consegue sensibilizar o eleitor conservador e tende ao fracasso mais uma vez. Em 2020 ficou nas últimas colocações, mesmo dando uma de sabichão. Falta-lhe autenticidade para defender a causa conservadora.
Fábio Câmara (PDT) já entrou na campanha sem fôlego, tímido, nem de longe parece aquele vereador de discurso agressivo, que estendeu um caixão na porta de prefeitura na administração de Edivaldo Holanda Junior (sem partido), dando a impressão de que entrou na disputa apenas para cumprir tabela e tentar ajudar o partido a formar bancada na Câmara Municipal onde possui apenas o vereador Raimundo Penha, que, diga-se de passagem, tem honrado o mandato.
Os outros três candidatos, Franklin Douglas (PSOL /REDE), Flávia Alves (Solidariedade) e Saulo Arcangeli (PSTU), praticamente sem estruturas, estão em campanha apenas para marcar posição e defenderem suas propostas.
Diante do que se tem observado neste início de campanha, tudo caminha para um novo confronto entre Braide e Duarte no segundo turno, uma vez que o prefeito lidera, mas sem mostrar força capaz de vencer o pleito no primeiro turno. E segundo turno zera tudo, é uma nova eleição onde tudo pode acontecer, inclusive virada de jogo.
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