“Privatizar a Petrobras, Banco do Brasil e Caixa é um absurdo lesa pátria”, disse nesta segunda-feira (26) o líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA), sobre o editorial da Folha de S.Paulo, que defende a privatização de estatais brasileiras.
Jerry expressou sua discordância com a proposta da publicação, ressaltando a importância dessas estatais para o desenvolvimento nacional e alertando que a privatização não atende aos interesses do país.
“O editorial da Folha apresentou, em capa, o seu plano de governo para o Brasil. Trata-se de um ataque direto a empresas indispensáveis ao desenvolvimento nacional,” afirmou Jerry.
O texto da Folha argumenta que as privatizações são parte de um processo que, ao longo das últimas três décadas, reformou o Estado brasileiro e promoveu a venda de companhias importantes, como Embraer e Vale, além de setores de telefonia, energia elétrica e bancos estaduais.
Segundo o editorial, essas privatizações têm demonstrado sucesso e foram apoiadas até mesmo por administrações que inicialmente resistiram à ideia. O editorial também destacou a existência de 123 empresas sob controle direto ou indireto do Tesouro Nacional, apontando que poucas justificam tal controle.
Além de Jerry, o editorial também recebeu críticas da Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. “O editorial da Folha desconhece o papel estratégico das estatais para a economia brasileira, incluindo os setores financeiro e energético,” comentou a representante do Governo Lula.
Apesar das evidências, o vice-governador Felipe Camarão (PT), em entrevista à Rádio Mirante News nesta segunda-feira (26), negou que sua saída da Secretaria de Educação do Estado teria sido motivada pela crise que ronda a bases de sustentação do governo de Carlos Brandão (PSB).
Segundo Camarão, seu afastamento da pasta após sete anos foi conversado com o governador devido à sua necessidade percorrer o estado no período da campanha eleitoral e ajudar os candidatos do partidos em todos os municípios, o que não seria possível acumulando as funções de vice-governador com a de secretário.
Apesar da tentativa de passar à opinião pública uma suposta harmonia na base governista. É fato o distanciamento do grupo liderado pelo ex-governador Flávio Dino, atual ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de Brandão e a caixa de ressonância da insatisfação tem sido as constantes críticas de aliados de Dino no plenário da Assembleia Legislativa, com destaque para oposição declarada feita por Othelino Neto (Solidariedade).
Para Camarão não existe crise no relacionamento, mesmo ele sendo convidado a entregar o cargo, aceitar, depois voltar a trás, até ser afastado definitivamente da SEDUC, onde, diga-se de passagem, fez um bom trabalho que lhe proporcionou visibilidade e reconhecimento. Pelas palavras do vice, Dino e Brandão não estão rompidos e o grupo deve marchar unido em 2026. Será?
Felipe tentou de todas as formas encobrir a suposta crise que ronda a base política de Carlos Brandão, citou até o encontro que teve com o presidente Lula, que mostrou interesses na manutenção da unidade, porém, o que se observa é um distanciamento cada vez maior do dinismo do brandonismo e, segundo uma fonte bem situada no Palácio dos Leões, o afastamento é definitivo e Brandão já não descarta a possibilidade de ficar até o final do mandato para tentar eleger seus sucessor, que, caso resolva ficar, não deverá ser Camarão.
Agência Brasil – O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (23) novas medidas para garantir a transparência das emendas de deputados federais e senadores ao Orçamento da União.
Pela decisão do ministro, a Controladoria-Geral da União (CGU) deverá apresentar, no prazo de até 30 dias, uma proposta de restruturação do Portal da Transparência, plataforma que centraliza os dados sobre gastos do governo federal na internet. Com a medida, o acesso a informações sobre as emendas RP8 e RP9, que ficaram conhecidas como “orçamento secreto”, deverão ter acesso fácil e simplificado.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos também deverá apresentar, em 30 dias, um plano de ação para garantir a transparência das transferências fundo a fundo, recursos repassados de fundos federais para os fundos estaduais e municipais.
Dino também determinou que organizações da sociedade civil que lidam com recursos públicos deverão utilizar a plataforma Transferegov, site que centraliza as transferências de repasses da União.
A decisão do ministro foi tomada no processo no qual o STF entendeu que as emendas do “orçamento secreto” são inconstitucionais.
No dia 1° deste mês, Dino determinou que as emendas devem seguir critérios de rastreabilidade. A decisão foi tomada após o ministro concluir que o Congresso não estava cumprindo a decisão da Corte que determinou transparência na liberação desses tipos de emendas.
O favoritismo do candidato a prefeito de Bequimão, Zé Martins (MDB), demonstrado nas atividades de campanha e em pesquisas eleitorais deixou a oposição de Bequimão, em desespero. O resultado é a velha prática de requentar denúncias já rejeitadas por duas vezes pela Justiça Eleitoral.
Um dos pedidos de impugnação alega a ausência de uma certidão de objeto e pé no registro de candidatura de Zé Martins, um documento que, conforme a legislação eleitoral, pode ser anexado na fase de diligência. O segundo requerimento de impugnação volta a insistir na existência de uma suposta “irmandade socioafetiva” entre Zé Martins e o atual prefeito João Martins, seu primo, repetindo um argumento que já foi negado por duas vezes em processos eleitorais passados.
Leia a nota divulgada pela campanha de Zé Martins:
Nota Enquanto Zé Martins é acolhido pelo povo, que recebeu com entusiasmo e emoção sua candidatura, a oposição se vê diante de uma derrota iminente e, como única medida, voltou a persegui-lo, requentando uma ação rechaçada pela Justiça Eleitoral por duas vezes.
O comando da campanha Zé Martins-15 tomou conhecimento, por meio da imprensa, de dois pedidos de impugnação ao seu registro de candidatura, formulados pelos opositores. O primeiro alega a ausência de certidão de objeto e pé, que já seria juntada na fase de diligência, conforme prevê a legislação. A segunda refere-se à suposta “irmandade” socioafetiva com o atual prefeito João Martins, seu primo.
A tese proposta na impugnação é a mesma já tentada e rejeitada pela Justiça Eleitoral. Em 2008, quando tentaram tirá-lo da disputa, alegando que ele seria “filho socioafetivo” de Juca Martins, prefeito da época, perderam. Também foram derrotados em 2020, quando reciclaram a tese para tentar barrar a candidatura de João Martins. Agora, pela terceira vez, o desespero bate à porta e os força tentar a mesma manobra já descartada pela Justiça Eleitoral.
Essas perseguições e impugnações já eram esperadas, uma vez que, faltando votos aos opositores, resta a eles tentar retirar Zé Martins da disputa.
O comando da campanha de Zé Martins-15 informa que, tão logo seja intimado, irá apresentar a devida resposta, comprovando, mais uma vez, quão inconsistentes e infundados são os argumentos desses pedidos de impugnações.
Comando da campanha de Zé Martins-15
O presidente Lula (PT) participou nesta sexta-feira (23), em Hortolândia (SP), da inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS. A fábrica trabalha com tecnologia de ponta para produzir no Brasil e comercializar no país e no mundo as moléculas de liraglutida e semaglutida, destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes.
Durante seu discurso, Lula lembrou da pandemia de Covid-19 para salientar a importância do fortalecimento do complexo industrial da saúde do Brasil e detonou a condução da pandemia pelo governo Jair Bolsonaro (PL). “Não tem nenhum país com mais de 100 milhões de habitantes no planeta Terra que tem um sistema de saúde como o SUS, e vocês sabem como é que esse SUS era atacado todo santo dia pela imprensa, sobretudo pela iniciativa privada. E o SUS mostrou que se não fosse ele enfrentar aquela pandemia e o negacionismo, não seriam 700 mil pessoas que teriam morrido. Quem sabe tivéssemos ultrapassado 1 milhão de pessoas, porque o governo não sabia como tratar”.
“Não é que um presidente deveria entender de pandemia. Deveria entender de bom senso. Se eu não sei, eu convido quem sabe, monto um gabinete de crise e vamos fazer o que tem ser feito. Não vamos ficar brigando de inventar remédio, de produzir o que não sabe, de envolver as Forças Armadas para produzir remédio que não servia para nada. Quantas pessoas morreram tomando remédios imprestáveis? Quantas?”, questionou o presidente, afirmando que “um dia a história vai julgar” o que ocorreu durante a pandemia no governo passado.
“O Brasil não é o maior país do mundo, mas aqui foi o país onde mais morreu gente pela Covid, mais de 700 mil pessoas. E eu posso dizer para vocês que destas, pelo menos metade o governo tem responsabilidade, pelo descaso com o tratamento da doença e até pela qualidade dos ministros da Saúde que ele indicava. Ele tinha um ministro aí que era general que era visível, quando ele falava na televisão, que ele não entendia o que estava falando. Por falta de sensibilidade, esse país sofreu muito, e nós não vamos permitir mais que isso aconteça. Esse país será do tamanho da qualidade do pensamento e do tamanho do sonho que a sociedade brasileira tiver”, concluiu. (247)
A Câmara Municipal de São Luís realizou na manhã da última quarta-feira, 21, uma roda de conversa em alusão ao Agosto Lilás. O objetivo do encontro foi debater sobre o enfrentamento da violência contra as mulheres. A atividade foi promovida pelo Departamento Médico de Assistência aos Servidores e ocorreu na Sala de Reuniões da Casa Legislativa.
A assistente social da Câmara de São Luís, Marluce Soares Teixeira, fez a apresentação do tema e conduziu o encontro, que também contou com a participação da psicóloga Yalkiria Guadalupe, que apresentou a dinâmica da dança circular para todas as pessoas presentes.
Durante o evento foram abordados diversos assuntos relacionados à problemática da violência contra a mulher, como a discrepância de tratamento dispensado às mulheres no mercado de trabalho e na política e a cultura do patriarcado, estrutura social que concentra o poder e os privilégios nas mãos dos homens, em detrimento das mulheres ou até mesmo de outros grupos marginalizados.
“O patriarcado tem muita influência nesse pensamento do homem de achar que ele é dono e que nós mulheres somos propriedades. O homem muitas vezes não está preparado para a mulher que quer sair para estudar, sair para trabalhar e atuar na vida política. Então, toda vez que a mulher quer sair, quer tomar decisões ou fazer alguma coisa, ela sofre uma penalidade, ela sofre uma opressão em casa”, frisou Marluce Teixeira.
A assistente social explicou que o evento foi fechado para atender apenas ao público feminino a pedido de Yalkiria Guadalupe, criadora do projeto de dança circular “Pulsando na Praça”. A psicóloga levou a dinâmica da dança e arte para dentro da Câmara Municipal e criou um ambiente onde as mulheres puderam interagir, aprender, relaxar e refletir.
“O trabalho da Yalkiria foi muito bom. Depois de trabalhar um assunto tão pesado, ela trouxe uma leveza, para mostrar para a mulher que ela pode sim não se limitar, não deixar ser limitada, definida ou subjugada”, acrescentou Marluce Teixeira.
Para a co-vereadora do Coletivo Nós (PT), Eunice Chê, a cultura do machismo e do patriarcado ainda influenciam muito os padrões sociais atuais em relação à vida das mulheres. Ela ressalta que embora existam vários mecanismos para a conscientização e prevenção da violência contra a mulher, eles ainda são insuficientes para provocar uma mudança comportamental significativa. “É necessário complementar esses esforços com políticas públicas mais robustas, especialmente nas áreas da saúde, educação e autonomia econômica”, disse.
Eunice Chê acredita que a educação ainda se apresenta como o melhor recurso para dar fim a esse tipo de violência. “A educação continua sendo o melhor instrumento para promover mudanças na sociedade, para que todos entendam a importância de educar-se e cuidar das mulheres”, pontuou. A parlamentar destacou também que outra questão relevante e que deve ser muito debatida é o fortalecimento da estrutura da rede de apoio e proteção às mulheres.
O governador Carlos Brandão (PSB), assinou nesta quarta-feira (21) o ato que afasta o vice-governador Felipe Camarão (PT) da Secretaria de Estado da Educação e nomeia Jandira Dias para comandar um das pastas mais importantes da administração estadual.
Com o ato do governador, Camarão deixa de acumular a função de vice-governador com o cargo de secretário, que vinha exercendo desde o governo de Flávio Dino
Ciente de que não continuaria no comando da SEDUC após ser avisado pelo governador, Camarão se despediu através de rede social. “Pessoal, infelizmente fui comunicado ontem que não irei retornar à SEDUC. Creio que ainda hoje será divulgado o nome da nova secretária. Continuarei com mesmo contato, empenho e dedicação como vice governador ajudando não só a educação, mas nosso estado como um todo e em todas as áreas. Beijos e abraços”.
