O debate promovido pela TV Mirante na noite desta quinta-feira foi um festival de apelos dos adversário do prefeito Eduardo Braide por um improvável segundo turno. Presente pela primeira vez, o chefe do Executivo municipal, como já era esperado, foi alvo de todos os debatedores, porém, dentro de civilidade. Duarte Jr. (PSB), Yglésio Moises (PRTB) e Wellington do Curso (Novo), os mais agressivos, não conseguiram tira-lo do prumo.
Sem aceitar provocação, Braide falou das conquistas da sua gestão, dos recursos que tem em caixa para obras futuras e afirmou, caso seja reeleito, “São Luís terá os melhores quatro anos da sua história”. O prefeito rebateu também ataques e não se deixou abalar nos momentos de maior agressividade dos adversários e desafiou os debatedores a apresentarem provas de insinuações maldosas, mas sem elevar o tom, mostrando até uma certa tranquilidade nas respostas.
Foi o debate mais civilizado, embora em alguns momentos com trocas de farpas entre Braide e o segundo colocado nas pesquisas, Duarte Junior (PSB) no auge de uma discussão sobre processo em que o prefeito é investigado por suposto envolvimento com um esquema de corrupção no caso que ficou conhecido com a “Máfia da Anajatuba”, de onde teriam sido desviados milhões através de licitações fraudulentas, assunto bastante explorado na eleição de 2020, que elegeu Braide prefeito.
Duarte, aproveitou o espaço também para apresentar propostas. A exemplo de debates anteriores, disse que, se eleito for, governará em parcerias com a iniciativa privada, o Governo do Estado e do Governo Federal e destacou a parceria com o presidente Lula da Silva (PT), que já vem pedindo votos para ele nas inserções do rádio e televisão. A exemplo dos demais debatedores, pediu ser levado ao segundo turno onde pretende debater diretamente com o prefeitos os problemas da cidade que pretende administrar.
A candidata Flávia Alves, única mulher na disputa (Solidariedade) também mostrou profundo conhecimento dos temas apresentados e deve ter influenciado muito eleitores indecisos. Surpresa foi o candidato Fábio Câmara (PDT) esbanjando simpatia, mas se limitou a defender propostas já apresentadas em logo da campanha, como, por exemplo acabar com as filas na Central de Marcação de Consultas. Já Saulo Ancageli (PSTU) voltou a defender a estatização do sistema de transporte público. Franklin Douglas (PSOL) insistiu na divulgação do plebiscito sobre o passe livres. Já Yglésio voltou a se apresentar como o candidato da direita, soldado de Bolsonaro e voltou a mostrar certa arrogância
Pelo que se viu, Braide entrou e saiu favorito, resta saber se as urnas irão confirmar o dizem as pesquisas.
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