Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), após a
pancadaria no debate da Band, semana passada, protagonizarem, na noite de
ontem, um debate morno e de forma mais civilizada. Os dois candidatos deixaram
as agressões pessoais de lado e pautaram suas intervenções em temas que estão
na ordem dia.
Aécio Neves voltou a questionar o escândalo da
Petrobras e cobrar uma posição da presidente. Ele solicitou que a candidata do
PT se manifestasse a respeito das declarações recentes do ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa, de que teria dado dinheiro oriundo de propina
para a campanha da senadora petista Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil, na campanha de 2010.
O ponto mais nervoso do debate foi quando o
candidato tucano lembrou que Paulo Roberto Costa disse ao Ministério Público
Federal que repassou R$ 1 milhão em espécie para um emissário da senadora, que
é mulher do atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Dilma foi
questionada, mas não respondeu.
A Petrobras foi um dos temas preferenciais. O
candidato tucano criticou os escândalos de corrupção e a perda de valor de
mercado da estatal, mas foi ironizado pela adversária, que lembrou o período em
que os tucanos governaram o país e venderam 30% da Petrobras a preço de banana.
Dilma afirmou ainda que o desejo do PSDB e privatizar a estatal.
Dilma, para rebater o adversário, buscou sempre
comparar dados do seu governo e das gestões petistas com os oito anos da administração
do presidente Fernando Henrique Cardoso. A presidente insistiu no discurso de
que o PSDB é sinônimo de desemprego e arrocho salarial.
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