Aliados do senador Weverton Rocha insistem em tentar passar para opinião pública que o governador Flávio Dino (PSB) não estaria cumprindo um acordo firmado para a indicação do candidato que representará o grupo governista na sucessão estadual de 2022, o que não é verdade.

Antes de declarar apoio ao vice-governador Carlos Brandão, Dino, conforme revelou em entrevista a um portal de notícias, ouviu todos os atores envolvidos no processo antes de bater o martelo e por fim a polêmica interna que estava provocando tensão no grupo.

Apoiadores do senador na mídia local, para tentar amenizar o abalo sofrido pela pré-candidatura e o consequente esvaziamento após o governador deixar bem claro sua opção por Brandão, argumentam que a maioria da classe política e partidos a base aliada apoiam Weverton, o que também não é  verdade.

Dos treze partidos que permanecem na base de sustentação política da administração estadual, apenas PDT, DEM, PP e Republicano declararam apoio ao senador, enquanto Brandão conta com PSDB, PSB, PCdoB, Cidadania, PROS e Agir 36; os outros três partidos (SD, PT e PRTB) ainda não se posicionaram.

Na Assembleia Legislativa cerca de 25 dos 42 deputados, inclusive parlamentares de legendas que não fazem parte da base do governo, declararam apoio à pré-candidatura do vice-governador, ou seja, mostrou capacidade de agregação, e na Câmara Municipal um plantel considerável de vereadores está com Brandão, portanto, o esperneio dos aliados do senador pedetista só faz sentido de se for para justificar a derrota interna.

Entre os partidos que ainda não definiram, o Solidariedade mantém a pré-candidatura do secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo, o PRTB ainda não se manifestou sobre o assunto e o PT ainda vai decidir em seu encontro estadual sobre tática eleitoral para 2022. Mas tudo indica que essas legendas tendem a acompanhar o projeto do governador.

Democraticamente, o candidato do PDT foi preterido pela maioria dos partidos e agora está se negando a cumprir o acordo, ameaçando romper com o governador e levar adiante seu projeto pessoal colocando em risco a continuidade de uma gestão que tem colocado o Maranhão no caminho certo.