O jornal O Globo traz neste sábado (24) matéria observando, com base em pesquisas do Ibope e Datal Folha, que os candidatos a prefeito de capitais que associaram suas campanhas à imagem do presidente Jair Bolsonaro estão perdendo terreno na corridas pelas prefeituras e começam rever suas estratégias.

No Rio de Janeiro Marcelo Crivella oscila para baixo e perde terreno para a candidata do PDT, em São Paulo Celso Russomanno despencou e em Belo Horizonte, onde Bolsonaro gravou vídeo para o candidato do PRTB, Bruno Engler, o atual prefeito Alexandre Calil vence no primeiro turno.

Este fenômeno talvez explique o fato do candidato Eduardo Braide (Podemos) omitir o presidente nas peças de propaganda e escondê-lo no programa do horário eleitoral. Enquanto Rubens Jr, por exemplo, não nega a que lado pertence e quem são seus apoiadores (Flávio Dino e Lula), Braide simplesmente esconde.

Os números da última pesquisa do Instituto Datailha publicado na quarta-feira (21) não são nada animadores para os que levam o carimbo de Bolsonaro em suas campanhas (Braide e Silvio Antônio). Bolsonaro, segundo apurou o Datailha, é rejeitado por 61,9% da população ludovicense.

O partido de Braide é o maia fiel aliado de Bolsonaro no Congresso Nacional e vota a favor de todas as matérias do governo, mas o candidato do Podemos, mesmo sendo provocado a falar sobre seus aliados, evita citar o nome do seu apoiador.

Resta saber até quando ele vai esconder o presidente aliado antivacina, que mostra total desrespeito com a saúde pública, principalmente neste momento em que a população enfrenta a pior pandemia da história.