A decisão do presidente Jair Bolsonaro em promover campanha contra o isolamento social e aconselhar as pessoas levarem vida normal, mesmo com a pandemia do coronavírus, está tendo péssima repercussão juntos aqueles que defendem o confinamento como forma de combater o Covid-19.
Em sua conta no Twitter, diante dos novos dados do próprio Ministério da Saúde que apontam a subida do número de mortos de 77 para 92, o governador Flávio Dino exigiu do presidente pelo menos respeito com as famílias das vítimas do coronavírus e o responsabilizou pela proliferação da doença.
“No presente momento, Bolsonaro já tem, diante de si, 92 mortos por coronavírus, segundo dados oficiais, Espero que ele respeite as suas memórias e suas famílias”, postou Dino diante da elevação do número de vítimas.
Incentivados pelo presidente, manifestantes que apoiam seu governo saíram em carreata nesta sexta-feira (27) em diversos estados em defesa do fim da quarentena e reabertura do comércio, mesmo em meio a pandemia. Novas manifestações no mesmo sentido estão sendo programadas para este fim de semana.
Para o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), a suspensão precoce do isolamento social pode colocar o Brasil no caminho dos países que tomaram decisões erradas na crise do coronavírus e, com isso provocaram tragédias.
Contrariando todas as recomendações dos organismos nacionais e internacionais que lidam com saúde pública, o presidente, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, nesta sexta-feira, voltou a defender contra o isolamento social, que muitos países estão adotando.
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