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Eliziane apostou na CPI, mas foi rifada da presidêncdia |
A deputada Eliziane Gama esperneou de todas as
formas contra a quebra da tradição, mas o rolo compressor da
bancada governista atropelou a parlamentar e entregou a presidência da CPI, que
vai investigar denúncias de violência contra a mulher, à deputada petista de
ocasião Francisca Primo.
Na instalação da CPI, ocorrida quarta-feira (3),
foi negado a Eliziane, autora do requerimento que criou a CPI, até mesmo o
direito de atuar na relatoria dos trabalhos, numa clara demonstração de que os
governistas a encaram como adversária nas eleições de 2014, seja como candidata a
reeleição, a deputada federal ou governo do estado.
O blog e toda mídia divulgaram com bastante
antecedência que os cargos de presidente e relator seriam ocupados por
Francisca Primo e Roberto Costa, respectivamente. A deputada, no entanto,
preferiu apostar no lançamento de sua candidatura para presidir os trabalhos e
foi derrotada.
Eliziane, embora negue, apresentou o pedido de
CPI como espécie de marketing eleitoral para 2014. Principal articuladora da
chamada terceira via, grupo que pretende disputar o governo com um nome
alternativo aos que já estão lançados (Flávio Dino e Luís Fernando), segundo
comentário de bastidores, pretendia transformar a CPI em palanque.
Num primeiro momento chegou a ser inflada pelos
governistas e pela mídia da oligarquia Sarney, por expor suas contrariedades
com a oposição liderada por Flávio Dino (PCdoB), mas como os ataques não
surtiram efeito, passou ser considerada peça descartável. No primeiro momento
se livraram dela.
O episódio serve de exemplo para aqueles que se
elegem com discurso anti oligarquia e no primeiro canto da Sereia são tentados
a traição. A deputada, tão decantada pelos seus aliados na mídia do Sarney, de
repente, ficou sozinha, não saíram sequer em sua defesa. Pelo visto, o que queriam
conseguiram: criar dificuldades para ela se reencontrar com a oposição, embora
as portas estejam abertas.
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