As
manifestações que tomaram conta do Brasil neste final de semana foram pautadas
em debates na manhã desta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa do
Maranhão. As ruas do Rio de janeiro e São Paulo foram tomadas por populares que
reivindicavam desde a não aprovação da PEC 37 até a moralização dos gastos com
dinheiro público.
O
deputado Bira do Pindaré (PT) lembrou que, no Maranhão, as ruas estão tomadas
há muito tempo. O parlamentar recordou as passeatas que participou enquanto
militante dos movimentos sociais. Aos 15 anos de idade, ele participou da
passeata pelas Diretas Já, depois participou do movimento pelo impeachment e
para derrotar o ex-presidente Collor.
O petista
lembrou que foi preso na porta do Banco do Estado do Maranhão, quando o governo
confiscava salários dos bancários. Os bancários ganharam a luta e hoje, graças
ao Sindicato dos Bancários, estão recebendo os salários na justiça. “Quem
apanhou da polícia fomos nós. E até hoje eu tenho uma fotozinha estampada no
Jornal Imparcial com as mãozinhas para cima e algema no dedo, algema de preso
político, isso no início da década de 90”.
O
parlamentar comemorou o ato da juventude brasileira que acordou para as
injustiças e está ocupando as ruas como sinal de protesto. Os desmandos do
grupo Sarney e a tragédia social que eles provocaram no Maranhão também foram
pautados. “A política no Maranhão não tem nada pior do que o que acontece nesse
Estado, comandado por uma oligarquia que quer fazer bodas de ouro no poder.
Bodas de ouro! Nenhum Estado da federação tem isso”.
Para
Bira, essas manifestações populares, indicam que a população não aguenta mais
ser enganada e não quer uma política viciada e alimentada pela corrupção, pela
agiotagem, pelos esquemas tradicionais de dinheiro e pelos contratos
milionários com entidades.
“Para
mim, essa é a mensagem e eu já entendi perfeitamente e estou plenamente do lado
desse povo e não vou subir no palanque, a não ser se me convidarem, porque se
me convidarem eu estou lá, não faço questão de fazer proselitismo em cima do
movimento espontâneo de qualquer que seja o seguimento da sociedade. Agora se
me chamarem pode ter certeza estarei lá usando o mesmo gogó de sempre para
defender o povo do Maranhão”, garantiu Bira.
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