Ainda muito recentemente, o Maranhão
acompanhou atônito a revelação de que seus ex-gestores estariam envolvidos em
uma trama de propina, benefício a empresas e utilização do cargo público para
enriquecimento ilícito. Nesse enredo, o doleiro Alberto Yousseff foi preso em
um hotel de São Luís, há cerca de um ano.
A transação operacionalizada pelo
doleiro que tem revelado os maiores esquemas de corrupção do país era um
montante de R$ 123 milhões pagos em parcelas à empresa Constran, fruto de um
precatório que se pode chamar, no mínimo, de duvidoso. Após as denúncias de
irregularidades envolvendo Yousseff, a ex-governadora Roseana Sarney e o
ex-chefe da Casa Civil, João Abreu, e os valores que estavam sendo pagos à
empreiteira pelos cofres públicos, o governador Flávio Dino decidiu suspender
os repasses logo no primeiro dia de governo.
Já em fevereiro, o Governo do Estado sob
o comando de Flávio Dino consegue implantar uma extensa pauta de valorização
dos servidores. Mesmo recebendo dívida bilionária, que chega a quase R$ 2
bilhões deixados por pagar pelo governo Roseana Sarney, o governo do ex-juiz
federal vem apresentando fortes investimentos em áreas importantes para o
funcionamento da máquina pública.
O exemplo do aumento para servidores
públicos de carreira é muito emblemático. Só com os funcionários ativos, no ano
de 2013 serão incrementados mais R$ 153 milhões pelo Tesouro do Estado. Isto
quer dizer não apenas aumento de salário aos funcionários, mas também injetar
mais dinheiro na economia do Estado – fazendo com que os sistemas de serviços,
geração de emprego e renda sejam reativados.
O valor do incremento diz muito, se
comparado com os episódios recentes. Foram R$ 153 milhões de benefícios aos servidores
concedidos enquanto R$ 123 milhões de repasses a empreiteira foram cancelados.
Para ambos, a fonte é o Tesouro Estadual.
O rompimento com a lógica anterior, que
beneficiava grandes empresas em detrimento do cidadão comum, está sendo o ponto
chave da nova política implementada por Flávio Dino. O corte no repasse à
empresa que estaria negociando precatórios em troca de propina ao alto escalão
do antigo Governo foi fundamental para que mais de 80% do aumento aos
servidores públicos fosse garantido.
Assim, o ex-juiz federal vai mostrando
que romper a lógica da corrupção é realmente a chave-mestra para fazer um bom
governo.
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