O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, embora tenha tido um desempenho abaixo da expectativa em sua candidatura ao governo do estado pelo PSD, não pode ser considerado carta fora do jogo na sucessão municipal de 2024.

Mesmo com o golpe rasteiro que levou do presidente do PSD, Edilázio Junior, que apadrinhou o ingresso do prefeito Eduardo Braide na legenda para ser candidato natural à reeleição, não significa a exclusão do ex-prefeito de São Luís do próximo pleito.

Edivaldo ainda tem muita lenha para queimar. Político jovem, carismático, honesto e humano, o fato de ter perdido uma eleição não significa o fim de uma carreira política brilhante, construída com sucessivas vitórias: vereador, deputado federal e prefeito da capital por dois mandatos.

Com a experiência adquirida ao longo de sua vida pública, Edivaldo se recolheu após a rasteira que levou de Edilázio, mas não deve ter se surpreendido, já havia sido traído na campanha quando o deputado se aliou ao senador Weverton Rocha (PDT) e levou o PSD para apoiar a tentativa de reeleição do derrotado senador Roberto Rocha (PTB).

Desde que saiu o resultado da eleição que reelegeu o governador Carlos Brandão (PSB), Edivaldo se manteve em silêncio sobre o futuro político. Somente se manifestou nesta quarta-feira através de sua rede social para comunicar seu desligamento do PSD e agradecer a todos que acreditaram em seu projeto político, porém, sem citar o dirigente do partido.

O ex-prefeito, que foi eleito pelo grupo do ex-governador e senador eleito Flávio, em 2012 e reeleito em 2016 tem a opção de se reagrupar sob a liderança de Brandão ou procurar uma nova legenda, caso resolva concorrer novamente à Prefeitura de São Luís em condições bem melhores do que a enfrentada para comandar sozinho uma campanha no estado com 217 municípios sem ajudar sequer do partido.

Com 2023 batendo na porta, ano em que serão aceleradas as articulações para composição de alianças visando 2024, se tiver intenção de disputar, Edivaldo não deve enfrentar dificuldade para encontrar legenda para concorrer e tentar retornar ao comando da prefeitura do maior colégio eleitoral do estado.