O deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que esteve ameaçado de ser expulso do Partido Liberal após desentendimento com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que questionou sua idoneidade e brigou internamente para catapulta-lo da legenda comandada pelo polêmico ex-deputado Valdemar da Costa Neto, chega ao final de 2024 firme na liderança da sigla no Maranhão após vencer a queda de braço com o ex-mandatário inelegível.
Josimar, alvo de várias operações da Polícia Federal por suspeita de desvio de verbas federais, continua na mira da justiça por sua atuação no submundo da política, mas sobreviveu às investidas de Bolsonaro para expulsá-lo do PL, após Valdemar garantir em coletiva de imprensa concedida em São Luís, no início deste mês que está chegando ao final, afirmar que o comando de legenda no estado continua sob o comando do parlamentar esposo da também deputada federal Detinha.
Maranhãozinho, apontado pela Polícia Federal como chefe de organização criminosa especializada em desviar recursos públicos e lavagem de dinheiro, continuará em 2025, ano que antecede a eleição que definirá o sucessor do governador Carlos Brandão (PSB) em 2026, na liderança do PL estadual contando com 40 prefeitos aliados que seguem fielmente sua orientação, o que mostra o potencial eleitoral do parlamentar e sua importância no processo sucessório estadual, apesar da fama que carrega.
A permanência de Josimar de Maranhãozinho e da sua esposa, a deputada federal Detinha, mesmo sem seguir a cartilha do bolsonarismo, é mais um indicativo de que o chilique de Bolsonaro para expulsá-lo do PL não vingou. Os insultos e acusações muito graves que fez contra o parlamentar maranhense não surtiram o efeito esperado e o projeto que visava um levante dentro da legenda para colocar Maranhãozinho e seu grupo no olho da rua não aconteceu.
Assim que explodiu a crise que ameaçava a estrutura liberal no estado, era comentado nos bastidores da política local que a presidência da sigla mudaria de mãos e seria entregue a um político afinado com o pensamento bolsonarista, porém, diante das afirmativas do presidente nacional, Waldemar Costa Neto, que confirmou permanecia de Josimar, o ex-presidente acabou sendo confrontado com a nova realidade e tendo que engolir seco o deputado como líder do partido no Maranhão.
A derrota de Bolsonaro só não foi mais humilhante porque Costa Neto convenceu Maranhãozinho a entregar a presidência do PL Mulher, que era dirigido pela deputada Detinha, para vereadora eleita em São Luís, Flávia Berthier, seguidora fiel do ex-presidente que tentou golpe de estado para permanecer no poder após a derrota para Lula e está na eminência de ser preso, a exemplo do que já aconteceu com seu braço direito, general Braga Neto, por tentar contra o estado democrático de direito.
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