Apesar do quadro de pneumonia leve diagnosticado na noite desta quinta-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) refez a agenda e realizou reunião com os ministros mais próximos de sua equipe na tarde desta sexta-feira (24). O compromisso tinha chegado a ser a ser desmarcado.
Foram convocados também os líderes do governo no Congresso, Senado e Câmara. A reunião seria no Palácio do Planalto, mas mudou para o Alvorada, residência oficial do presidente, que segue em tratamento.
Entre os ministros chamados para a reunião estavam Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Fernando Haddad (Fazenda), Jorge Messias (Advogado-Geral da União) e Marco Aurélio (chefe do gabinete pessoal de Lula).
O presidente passou por administração de antibiótico na veia para acelerar a resposta do medicamento e seguirá o tratamento por via oral. O médico Roberto Kalil faz o acompanhamento.
A disposição de Lula em manter o compromisso com seus articuladores políticos mais próximos tem como pano de fundo a crise institucional instalada no Congresso Nacional, pois o desentendimento entre os presidentes Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, preocupa o Planalto. Isso porque o governo Lula tem 13 medidas provisórias ainda não apreciadas pelo Legislativo. Mas isso precisa ocorrer até o final de abril. Desse modo, a crise põe em risco uma série de medidas já adotadas pelo governo.
Viagem à China – Segundo o médico, Lula está estável e a recuperação do quadro de pneumonia leve vai bem. “O presidente já melhorou de ontem para hoje”, afirmou Roberto Kalil à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. O cardiologista prevê nova avaliação neste sábado e Lula viajará para a China no dia seguinte. Assim, adiará embarque em apenas um dia. Além disso, o encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, está mantido para terça-feira (28).
A delegação brasileira na China terá compromissos políticos e empresariais até o próximo dia 31, quando Lula viaja a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O presidente, primeiro chefe de Estado brasileiro a visitar aquele país em 2003, aproveita a rota asiática para atender convite do presidente Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
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