Editorial – Jornal Pequeno
Institutos de pesquisa
gerenciados por analfabetos que sequer sabem escrever o nome dos candidatos,
montagens fotográficas visando iludir o eleitor, intrigas fabricadas para jogar
o candidato Flávio Dino contra o prefeito de São Luís e o prefeito contra
lideranças que se somam à aliança oposicionista. O vale-tudo começou. Até uma
performance circense para 10 prefeitos visando descolar o candidato Edinho
Lobão do nome Sarney foi registrada esta semana.
Essas são as primeiras
movimentações governistas de uma campanha que promete. O cenário nacional
abastecido pelo fraco desempenho da economia e pelas denúncias de corrupção no
colo do governo não sugere mais que Lula ou Dilma possam mudar a avaliação
política do eleitor. O país afunda na crise do setor elétrico, com
possibilidades cada vez mais prováveis de apagões ou racionamento de energia em
pleno período da campanha eleitoral, o que deve influir negativamente nos
governos estaduais aliados, inclusive e principalmente no Maranhão.
Por aqui o grupo Sarney
se esbandalha vivendo crise política atrás de crise, e nem a inesperada troca
de candidato a governador dá sinais de que tenha sido uma solução satisfatória.
Estamos no mês de maio e a sociedade civil organizada em todo
o país já começa a sinalizar com os primeiros protestos. E isso em meio a uma
Copa do Mundo também estigmatizada pela corrupção. Essa movimentação fará com
que o eleitor ponha os olhos nos CPFs dos candidatos, observe o comportamento
de cada um como pessoa física e como pessoa jurídica, como tem sido sua relação
com a Justiça e com os órgãos de controle do Estado. Quem tiver histórico de
corrupção vai estar ameaçado pela voz das ruas.
O prêmio das elites políticas
e empresariais corruptas será o desprezo da população. Um sério indicativo
disso é a queda vertiginosa da própria presidente Dilma Rousseff nas pesquisas
e a elevação, em números, da proposta do PSDB de Aécio Neves. Sarney, símbolo
estigmatizado da podridão política do PT do senhor Luiz Inácio Lula da Silva,
parece urtiga: os candidatos dele mesmo procuram se descolar de seu nome e não
há presidenciável no país disposto a estar com ele no mesmo palanque.
Os outros senadores do
grupo caminham no mesmo rumo. João Alberto já enfrenta dificuldades com a
Polícia Militar do Maranhão, pois caiu na cilada de patrocinar com seu nome um
acordo que nunca foi cumprido. O ministro Edison Lobão também pena à medida que
avançam as investigações da Polícia Federal sobre a Petrobrás. E vai enfrentar,
em plena campanha do filho Edinho Lobão, a CPI da Petrobrás.
São Luís se tornou uma
das cidades mais violentas do mundo e o tráfico e a violência se expandiram
vertiginosamente pelas cidades do interior do Estado. Por essas e por outras, o
governo Roseana Sarney também é como urtiga: ninguém quer encostar.
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