Editorial – Jornal Pequeno
Desde a invenção de que
Epitácio Cafeteira havia mandado assassinar Reis Pacheco, que continuava vivo,
o grupo Sarney não se dedicava à mitomania com tanta dedicação. Inventou Sarney
agora que foi o grande responsável pela nomeação para a Embratur do homem que
mais tem raiva, hoje: o candidato a governador do Maranhão, Flávio Dino. É
contra ele que Sarney dedica, atualmente, cada minuto de sua vida. E, para dar
foros de verdade à sua pregação fantasiosa, disse que Flávio Dino foi à sua
casa agradecer pessoalmente.
A reação de Flávio Dino
foi a reação intempestiva de quem não segurou a revolta. O candidato tratou
Sarney de “velhaco mentiroso”. Na verdade, os ditos, falas, difamações,
insultos que o candidato da oposição tem suportado extrapolam qualquer nível de
serenidade. Contra ele, as injúrias e difamações são jogadas de helicóptero, a
ele o senador João Alberto praticamente chamou de satanás publicamente, contra
ele vendedores de calúnias atuam dia e noite na internet, e sente-se, com isso,
que o desespero pela derrota iminente começa a afetar mentalmente os eternos
donos do poder no Maranhão.
Essa campanha começa a
ganhar contornos de desvario. Já levaram um caixão de defunto para a porta da
Prefeitura, Sarney chamou Flávio de ‘pivete’ e mandou a oposição inteira para o
inferno, João Alberto comparou Flávio Dino ao satanás e incitou à greve
professores de São Luís. Agem como aves de rapina da política e nem mesmo a
morte de uma criança respeitam mais.
Não há mais o que falte
suceder para que as autoridades tomem providências enérgicas contra esse
vale-tudo. Não é possível que estejam à espera de um cadáver, que talvez nem
seja um ‘cadáver vivo’, como na acusação contra Cafeteira, para perceber que
estão fazendo de tudo para levar esta campanha no rumo da violência.
O que querem são reações
na altura dessa política de baixo nível, dessa coisa horrorosa que humilha as
tradições de cultura do Maranhão, para provocar aqui algum tipo de escaramuça
que justifique alguma forma de intervenção na eleição que a todo custo não
querem perder.
O alerta está feito
porque ninguém é burro que não veja por trás de tanta devassidão política algum
plano macabro, uma forma sub-reptícia de insuflar levantes e desobediência
civil enquanto estão no comando da força pública.
É responsabilidade da
Justiça e da Polícia conter esses arroubos de violência, porque é disso que se
trata, mesmo que partam de senadores da República. Líderes políticos de verdade
não agem assim, saibamos nós, embora, do que são capazes os homens em luta pelo
poder. A tirania, o autoritarismo, o totalitarismo emergem dessa campanha de
forma incontrolável. E, nesse nível de ódio que emana do poder, ninguém sabe o
que ainda pode acontecer no Maranhão.
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