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Flávio Dino está discutindo com as comunidades os problemas do Maranhão |
Na segunda edição do Movimento Diálogos pelo Maranhão, que
aconteceu em Açailândia e Itinga no último sábado (16), Flávio Dino e
lideranças políticas e comunitárias locais discutiram diversos problemas relacionados
à realidade local. Entre os temas de maior preocupação da região estão o
Segurança Pública e Conflitos Agrários.
Com a iniciativa de discutir os principais problemas do estado,
o Movimento Diálogos pelo Maranhão percorreu no primeiro final de semana, três diferentes
cidades do Sul do Maranhão. A próxima edição será em abril, na cidade de
Presidente Dutra.
Para Flávio Dino (PCdoB), a reflexão sobre os problemas do
estado ao lado da população se apresenta como uma necessidade urgente para o
estado. “É errado o pensamento de quem só quer discutir as administrações
públicas no período eleitoral. Para nós, a boa política não é feita somente na
época de eleição. É necessário que os debates em nosso estado sejam constantes
e abranjam mais e mais pessoas,” disse Dino durante o evento realizado em
Açailândia.
O deputado federal Simplício Araújo (PPS) concorda com a tese
levantada por Dino. Segundo o parlamentar, os dados sociais apresentados pelo
Maranhão são alarmantes e é necessário que se discutam formas de resolvê-los.
“São problemas que se arrastam ano após ano, década após
década, de inércia do grupo que governa o estado. A população quer ser ouvida e
nós estamos fazendo este movimento para discutir com nossos conterrâneos, que
são os maiores interessados na mudança de parâmetros na política maranhense,”
disse.
Já o deputado estadual Carlinhos Amorim (PDT) comparou os
índices sociais apresentados pelo Maranhão com estados do Nordeste e frisou que
é necessário que, conjuntamente, poder público e as diversas matizes da
sociedade civil estejam engajadas para reverter o quadro de abandono. “Esse movimento
é um convite à reflexão,” finalizou.
Falta
segurança no Maranhão
Nas três cidades que visitou (Imperatriz, Açailândia e
Itinga), o tema recorrente das mesas de debate foi a segurança pública.
Preocupados com o avanço da violência urbana e com a incapacidade de resolução
dos conflitos agrários por parte do governo atual, a população local se
manifestou para demonstrar que este é um dos quadros mais preocupantes da
região.
Na reunião de Imperatriz, o professor Ismael informou aos
componentes da mesa de discussão que o maior incômodo da população de seu
bairro é com o aumento dos casos de violência. “Cada vez mais sentimos medo de
sair de casa e a coisa piora na zona rural. É uma terra sem lei,” disse.
Para Flávio Dino, os conflitos agrários acontecem pela falta
de planejamento do governo do estado no que concerne a políticas públicas de
regularização fundiária e ao esquecimento dos trabalhadores rurais por parte do
governo do estado.
“Política fundiária é feita respeitando a peculiaridade de
cada região e incentivando a produção de pequenos, médios e grandes. Isso não
acontece hoje. Só alguns poucos grandes produtores recebem incentivo do estado,
o que acaba gerando desigualdade na zona rural – o cerne do conflito agrário,”
disse.
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