Há 23 anos no ramo de papelarias, a empresária Dilma Pinheiro já está acostumada com o aumento das vendas de sua loja nos meses de janeiro e fevereiro. Graças à procura por material escolar, o faturamento do estabelecimento fica entre 20 e 25% maior no período, expectativas que, segundo a comerciante, são ainda melhores para 2016. “A chegada desse recurso do ‘Mais Bolsa Família Escola’ veio em uma hora excelente e com certeza vai fomentar o mercado nesse momento de crise”, afirmou a empresária.
Credenciada para ser uma das fornecedoras do programa ‘Mais Bolsa Família Escola’, a loja de Dona Dilma é um dos estabelecimentos que estará habilitado para vender aos estudantes beneficiários do programa. No total serão R$ 60 milhões transferidos pelo Governo do Estado às famílias de baixa renda. Dinheiro exclusivamente destinado à compra de material escolar.
“No mês de janeiro de cada ano, cada beneficiário do Bolsa Família, que tenha filho matriculado em escola pública, receberá uma parcela a mais do benefício, destinada exclusivamente à aquisição de material escolar”, explicou o governador Flávio Dino durante o lançamento do programa no dia 1º de janeiro.
De lá para cá, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), responsável pela condução do ‘Mais Bolsa Família Escola’, desenvolveu o planejamento e agora está identificando e credenciando estabelecimentos com interesse em se tornarem fornecedores dos materiais para os 1.476.000 alunos com idade entre 04 e 17 anos beneficiados pelo programa.
Além da empresária Dilma Pinheiro, empresas e microempreendedores individuais dos 217 municípios maranhenses poderão se cadastrar como fornecedores, uma oportunidade de aquecimento do varejo, como explica o chefe do Departamento de Contas Regionais do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), o economista Dionatan Silva Carvalho.
Com recursos oriundos do Fundo Maranhense de Combate à Pobreza (Fumacop), o Bolsa Escola amplia a rede de favorecidos pelo Bolsa Família já que não impõe limites de filhos por família. Além disso, essas famílias receberão em suas casas cartões com o crédito correspondente ao valor de R$ 46 por filho matriculado na rede pública de ensino.
Para ser beneficiário do ‘Mais Bolsa Família Escola’, as crianças e adolescentes precisam estar devidamente inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), matriculados em escola pública e com frequência escolar mínima informada durante todo o ano letivo anterior no Sistema Projeto Presença, do Ministério da Educação (MEC), que atua como condicionalidade do programa Bolsa Família.
O recurso do programa será repassado aos beneficiários a partir do dia 10 de janeiro por meio de um cartão de uso exclusivo. Medida que busca garantir a utilização do repasse apenas para aquisição do material escolar.
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