Aparentemente sem dar qualquer importância ao que foi tratado no encontro do governador Carlos Brandão (sem partido) com o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) no final do mês passado, muito menos ao conteúdo da “boa conversa”, revelado pelo chefe do Executivo estadual, os dois pré-candidatos com campo lulista no Maranhão, Felipe Camarão (PT) e Orleans (MDB) continuam acelerando suas pré-campanhas e consolidando seus projetos políticos para 2026.
O vice-governador Felipe Camarão (PT), segundo deixou claro durante uma entrevista ao jornalista Raimundo Borges, está decidido a representar o PT na sucessão estadual e que vai continuar com o programa Diálogos pelo Maranhão, movimento que lhe permite conversar com lideranças do interior e colher informações sobre os problemas enfrentados por cada região, a exemplo do que fez o ex-governador Flávio Dino em 2013.
Camarão, que tem o aval da direção nacional do PT para ser o candidato do presidente Lula no Maranhão, não admite sequer falar em renunciar, como já propôs Carlos Brandão, e diz que tem um legado a defender, o legado do ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, de quem foi secretário de várias pastas, com destaque para Educação, onde promoveu a reestruturação do setor, com implantação dos IEMA, Escola Digna, entre outros.
Orleans Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão, tem intensificado suas andanças pelo interior do estado, mantem uma arrojada agenda de entrega de obras, tem representado o governo em todos os eventos promovido nos municípios, onde recebe declarados de apoio de prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias e não dar o menor sinal de pretenda desistir do seu projeto para 2026. Pelo contrário, promete dar mais atenção à capital e já conta com um time de vereadores dispostos a levar seus nome às comunidades. Na Assembleia Legislativa conta com a presidente Iracema Vale e a grande maioria do plenário.
O movimentos dos dois pré-candidatos do campo do presidente Lula e os recentes acontecimentos envolvendo os dois grupos que formaram a aliança vencedora das três últimas eleições para o governo do estado são fortes indicativos de que um acordo que possa reunifica-los é praticamente impossível. A cada dia que passa o confronto ganha novos episódios. No último, o PCdoB, um dos partidos que integram o campo lulista, pediu liminarmente ao STF o afastamento do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador.
Com duas candidaturas postas e sem perspectiva de pacificação, tudo indica que Lula deverá ter que conviver com dois palanques, pois nenhum dos dois candidatos quer ir para a disputa sem o seu apoio, a final o Maranhão já deu provas de que é lulista e sua presença no palanque representa um peso eleitoral considerável.
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