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Partidos têm receita recorde, mas fecham ano com dívidas

Gastos de campanha fazem PT encerrar 2010 com maior deficit desde 2006

Ano passado, as quatro maiores siglas tiveram R$ 402 mi em doações, crescimento de 2.200% sobre 2009, não eleitoral

FERNANDA ODILLA
FELIPE SELIGMAN
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
A arrecadação recorde no ano passado não impediu que os principais partidos políticos do país terminassem 2010 com dívidas milionárias. PT e PSDB fecharam o ano com deficit de R$ 42,7 milhões e R$ 11,9 milhões, respectivamente.
Os responsáveis pela contabilidade das duas legendas alegam que, além de terem gasto mais do que arrecadaram, ambos herdaram as dívidas das campanhas presidenciais e ainda registram despesa em aberto referente às eleições de 2006.
A maior dívida do PSDB é de R$ 8 milhões, com empresas de comunicação das campanhas de 2006 e 2010.
O PT também tem dívidas referentes a propaganda eleitoral de 2010, de R$ 6,5 milhões, e pelo menos R$ 3,5 milhões em material gráfico.
De acordo com a prestação de contas entregue nesta semana ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), explodiu a arrecadação declarada dos principais partidos, especialmente com doações de empresas -maior fonte de renda das siglas.
Juntos, PT, PSDB, DEM e PMDB receberam doações de R$ 402 milhões -crescimento de 2.200% em relação a 2009 (ano sem eleições), e 375% maior que 2006 (ano de eleições nacionais).
Os repasses das empreiteiras, tradicionais colaboradoras, representam cerca de um terço do total. Além das doações, integram a receita o Fundo Partidário (parcela do Orçamento da União repartida entre os partidos) e as colaborações de filiados.
Os números apresentados são um balanço consolidado da receita e da despesa de 2010, uma vez que os partidos já haviam prestado conta dos principais gastos feitos durante a campanha, entre junho e novembro.
A arrecadação do PT e do PSDB saltou no ano passado. Empreiteiras e bancos optaram por financiar os partidos em vez de repassar recursos direto a candidatos e comitês. Os valores, contudo, não foram suficientes para cobrir todos os gastos.
O financiamento feito diretamente para partidos ainda permite a chamada “doação oculta”, quando o partido repassa para o candidato o valor recebido sem a identificação do doador.
“Muitos preferem doar para os partidos para se livrar da pressão dos candidatos”, diz o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, que busca doadores para saldar a dívida tucana -menor que a registrada em 2006 e 2007.
O PT, por sua vez, está diante da maior dívida acumulada desde 2006, segundo dados do TSE. Por meio da assessoria, o secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, afirma que o partido tem vida ativa antes e depois das eleições e garante que está pagando religiosamente todos os fornecedores.
O PMDB não tem dívida acumulada, mas o saldo entre arrecadação e gasto em 2010 foi negativo em R$ 2,2 milhões. “Uma prestação complementa a outra”, diz o senador Eunício Oliveira (CE), tesoureiro do PMDB.
O DEM fechou o ano com saldo positivo, de R$ 500 mil. “Tivemos uma grande doação para a eleição”, afirmou Saulo Queiroz, que, antes de migrar para o PSD de Gilberto Kassab, assinou a prestação do DEM.

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