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  • Jorge Vieira
  • 3/set/2012

Decisão do TSE põe em risco Lei da Ficha Limpa

Para Marlon Reis, “TSE cometeu erro gravissimo”

Ao Congresso em Foco, Márlon Reis, um
dos criadores da lei, critica decisão do tribunal que exige
configuração da vontade em prejudicar o erário para barrar candidatos
com contas irregulares

Uma recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) põe em risco a aplicação da Lei da Ficha Limpa
(Lei Complementar 135/10) para casos de reprovação de contas de
políticos e gestores públicos. Na avaliação do coordenador do Movimento
de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o juiz eleitoral Márlon Reis,
esse é o dispositivo de maior eficácia das novas regras de
inelegibilidade previstas na Lei da Ficha Limpa. E a decisão do TSE o
coloca seriamente em risco.

Na quinta-feira (30), os ministros do TSE, por unanimidade, aceitaram
recurso do candidato a vereador em Foz do Iguaçu (PR) Valdir de Souza
(PMDB). Ele foi inicialmente barrado pela Justiça Eleitoral, já que teve
suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná
(TCE-PR) quando presidiu o Conselho Municipal de Esportes e Recreação da
cidade.
Na visão dos ministros, ele não poderia ter sido barrado, pois o
acórdão do TCE-PR não determinou devolução de recursos ao erário nem
multa como punição. Também não fez menção a prejuízos à Administração
Pública em decorrência dos empenhos sem dotação orçamentária. A
candidatura do peemedebista foi contestada pelo Ministério Público
Eleitoral (MPE).
Com base na alínea G da Lei da Ficha Limpa, o registro dele foi
impugnado e, depois, rejeitado. O trecho da norma diz que ficam
inelegíveis por oito anos aqueles que tiverem suas contas relativas ao
exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade
insanável que configurem ato doloso de improbidade administrativa. Para o
TSE, o caso de Valdir de Souza não se encaixava no disposto na lei,
pelo fato de o TCE não ter lhe imposto punição. Para os ministros do
TSE, isso demonstraria não ter havido uma intenção dolosa, de realmente
prejudicar o erário.
Erro gravíssimo
Para o coordenador do MCCE, Márlon Reis, o TSE cometeu um “erro
gravíssimo”. Na visão dele, que é juiz eleitoral no Maranhão, a corte
superior está fazendo uma leitura equivocada do que é dolo em matéria
eleitoral, confundindo com matéria penal. “Quando o administrador deixa
de praticar uma licitação, ele não é negligente, ele pratica uma omissão
dolosa. São lições absolutamente primárias de direito eleitoral que o
TSE está ignorando”, analisou ao Congresso em Foco.
Para Márlon, a prevalecer a decisão do TSE, boa parte das
candidaturas que seriam impugnadas sobreviverão, diminuindo enormemente a
eficácia da lei. Por causa disso, o MCCE marcou uma reunião emergencial
em Brasília para discutir o assunto para a próxima quarta-feira (5). O
coletivo de entidades espera que a posição seja revertida por atitude do
próprio TSE após “diálogo com a sociedade”. “O TSE teve muitas vezes
que amadurecer esse entendimento, o que é normal nos tribunais. Nós
esperamos que, a partir de um diálogo com a sociedade, que o próprio TSE
reveja esse entendimento”, disse Reis.
No entanto, caso a corte não reveja o entendimento – o que neste
momento parece improvável por ter sido uma decisão unânime – é preciso
provocar os ministros judicialmente. Ou seja, o Ministério Público
Eleitoral precisa apresentar um recurso contra a postura de
quinta-feira. Para Márlon, existe a possibilidade de o caso até parar no
Supremo Tribunal Federal (STF).


Função constitucional

Segundo Márlon, o erro do TSE está na origem. O ministro relator do
caso, Arnaldo Versiani, afirmou que não era possível ter uma conclusão
sobre a improbidade administrativa porque o acórdão não deixava claro se
houve prejuízo ao erário nem se teve intenção. Também não determinou
punições para o peemedebista, que tenta a reeleição para o quarto
mandato como vereador.

O problema, para Márlon, é que, ao contrário do entendimento do TSE,
não é exatamente função dos tribunais de contas definir penas desse
tipo. Os tribunais de contas, apesar do nome, não são vinculados ao
poder Judiciário, e sim ao Legislativo. Eles existem para fazer a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial das entidades da administração direta e indireta dos
municípios, estados e União. Em resumo, acompanhar os gastos de dinheiro
público pelos governantes e gestores.

Assim, no entender do coordenador do MCCE, eles não possuem a
prerrogativa constitucional de tratar de dolo. São órgãos técnicos que
em seus pareceres dirão se houve ou não desrespeito às leis. No caso em
questão, Reis opinou que foi reconhecido que o secretário autorizou
pagamento além da lei orçamentária em plena época da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Como entender que não houve prejuízo só porque o TCE não usou essa
frase especificamente? Houve desrespeito às leis orçamentárias”, afirmou
o juiz eleitoral. Para ele, não se pode exigir das cortes de contas que
se emita juízo sobre o dolo. E é preciso fazer uma distinção do que é
intenção em direito eleitoral e o criminal. “Aqui falamos de direito
político, não individual.”

Não houve desfalque

O presidente do Instituto de Direito Político, Eleitoral e
Administrativo, Alberto Rollo, discorda. Para o advogado, se o político
for condenado por uma corte de contas por não ter aplicado a LRF e
deixou dívidas, não está configurada a improbidade administrativa de
forma que a Lei da Ficha Limpa estabelece. “Ato doloso é aquele que
provoca desfalque no erário”, disse ao site Consultor Jurídico.

Em um ponto, porém, Reis e Rollo concordam. A postura do TSE, sendo
replicada pelas cortes eleitorais locais, representa uma grande mudança
na jurisprudência eleitoral. Para o coordenador do MCCE, todos os que
tiverem contas rejeitadas escaparão da inelegibilidade. O advogado
eleitoral entende da mesma forma. “Em São Paulo, todo mundo que tem
problema nas contas tem sido condenado à inelegibilidade. Com essa nova
decisão do TSE, fica bem definido que ato doloso implica prejuízo”,
afirmou

  • Jorge Vieira
  • 3/set/2012

Edivaldo marca fim de semana com “Jornada 36”

O segundo dia da Jornada 36, aberta no
último sábado por Edivaldo Holanda Júnior (PTC), continuou a intensificação da
campanha de rua. No domingo, Edivaldo, o vice Roberto Rocha (PSB) e o
presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), fizeram uma carreata por dentro
dos bairros, seguindo do São Bernardo ao São Raimundo.
A
caravana de milhares de carros que
tomou conta das ruas próximas à avenida Guajajaras passou por dezenas de
bairros. “Estamos chegando à reta final da campanha e a população está
dizendo
que vai mudar São Luís. É isso que vejo por onde passo,” avaliou o
candidato a
prefeito. A Jornada 36 é uma ação promovida por Edivaldo para
intensificar a campanha nos últimos 36 dias de campanha em primeiro
turno.
Na carreata que percorreu centenas de
ruas, Edivaldo conversou com a população e mostrou-se preocupado com a situação
de abandono em que muitos bairros de São Luís se encontram. “Asfaltamento é só
um dos problemas. Faltam escolas, faltam praças, saneamento básico, limpeza
pública. São Luís precisa ser cuidada com atenção e com urgência,” afirmou.
Em mais um final de semana em São
Luís para apoiar Edivaldo Holanda Júnior, Flávio Dino disse estar convicto da
vitória nas urnas. “A cada fim de semana em que caminhamos por São Luís,
percebo que Edivaldo tem respeito autêntico pelas pessoas. A população
reconhece esse respeito,” demonstrou Flávio.
Dia 36
No último sábado (1º), Edivaldo
promoveu o Dia 36, em alusão aos 36 dias que antecedem as eleições. Foram
realizadas 236 atividades por toda a São Luís e, para finalizar, Edivaldo fez
caminhada e carreata pelo Vinhais. No final da tarde, Edivaldo caminhou pelo
bairro do Vinhais, levando milhares de pessoas pelas ruas do bairro.
“Tivemos um dia de uma extensa agenda
de aproximação com mais pessoas, com exposição das nossas propostas no maior
alcance possível, chamando mais e mais pessoas para fazer uma grande corrente
em torno da mudança de São Luís e da renovação política,” disse Edivaldo.
O bairro recebeu o candidato da mudança
e vereadores da coligação “Muda São Luís”. Edivaldo disse que em sua
administração não apenas as principais avenidas, mas todos os bairros da
capital maranhense receberão asfaltamento. “Nós daremos toda atenção para a
infraestrutura, iremos asfaltar os bairros de São Luís e dar a essas pessoas a
oportunidade de usufruir das praças como ponto de lazer e promoção de saúde ”,
disse.
Depois da caminhada, uma carreata noturna pelo bairros adjacentes marcou
o encerramento da agenda do candidato. “Quero muito que ele seja eleito para
poder finalmente os jovens terem emprego nessa cidade”, declarou Alexssandra
Teixeira, 29 anos.
A recuperação de vias e espaços públicos também [e uma preocupação do
candidato. Para Edivaldo, cuidar bem da cidade em todos os aspectos do bem
público é uma prioridade. “Não voto aqui em São Luís, mas sou comerciante há 15
anos e gostaria muito de ver a praça melhor para todos. Muitos já prometeram
isso, quero que algum realmente faça!” disse Antonio Andrade, 58 anos.
Para o funcionário público, Edivaldo também representa a expectativa de
melhorias das condições de salário e de trabalho. “Voto nele (Edivaldo Holanda
Júnior). Sou professora e acredito que ele vai tratar melhor os professores,
dar a nós a oportunidade de ter uma formação continuada e salário em dia e mais
digno”, disse uma professora que preferiu não se identificar.

  • Jorge Vieira
  • 1/set/2012

Após 10 dias de palanque eletrônico, institutos iniciam nova rodada de pesquisas

Passado os primeiros dez dias da
propaganda eleitoral na mídia eletrônica, os institutos de pesquisas,
praticamente todos, iniciaram novos levantamentos junto ao eleitorado da
capital e deverão está apresentando o resultado até o dia 8 próximo, data em que São Luís
estará completando 400 anos.   
Em conversa descontraída com o
titular do blog, nesta manhã de sábado, o experiente ex-deputado Pavão Filho
(PDT), profundo conhecedor do tabuleiro político local, alertou para os novos números
que serão apresentados pelos institutos, pois em seu entendimento, já começará
a mostrar a real tendência do eleitorado.
A fase preliminar da sucessão
terminou com os candidatos João Castelo (PSDB) e Edivaldo Holanda Júnior (PTC) polarizados
e um pouco distanciados do pelotão de baixo, onde o ex-prefeito Tadeu Palácio e
o vice-governador Washington Oliveira (PT) travam uma boa briga pela terceira
colocação.
Os números que deverão ser apresentados,
provavelmente, no final da próxima semana, servirão para medir também o pulso da
candidata do PPS, deputada Eliziane Gama. O programa da candidata é considerado
agradável e ela tem dado tudo de si na campanha.
Enquanto no pelotão da frente o
clima é de expectativa quanto a influência dos programas do horário eleitoral na tendência do
eleitorado, na rabeira, Haroldo Sabóia (PSOL), Marcos Silva (PSTU e Ednaldo
Neves (PRTB) deverão permanecer disputando, entre si, quem carregará a lanterna
das eleições 2012.

  • Jorge Vieira
  • 1/set/2012

Edivaldo anuncia intensificação da campanha

Apoiadores da coligação “Muda São Luís” comemoram neste
sábado (01) o “Dia 36”.  A partir de hoje, o candidato Edivaldo
participa de uma série de atividades para marcar os 36 dias que faltam para o
primeiro turno das eleições 2012.

Segundo informa a assesoria da coligação, o candidato dará
 início à Jornada 36, uma mobilização que visa  intensificar a campanha em todas as frentes:
caminhadas, carreatas, plotagens de carros. Na internet, a Rede 36 vai aceitar
vídeos e fotos de quem quer mudar São Luís.

Nesta manhã de sábado, Edivaldo participa de eventos em diferentes bairros,
chamando apoiadores, militantes e simpatizantes para participar de perto da
campanha. Pela tarde, Edivaldo faz caminhada no Vinhais e, no início da noite,
fará carreata partindo do Viva do bairro Vinhais.

  • Jorge Vieira
  • 1/set/2012

Fiscal eleitoral voluntário

Por: Joãozinho Ribeiro

“Mensalão
não é tipo penal. Mas os delitos de corrupção, formação de quadrilha, lavagem
de dinheiro, evasão de divisas, peculato, gestão fraudulenta e caixa dois de
campanha que essa marca de fantasia abriga são. Em variados graus, esses crimes
estão presentes entre nós, em sucessivos escândalos, dos primórdios de nossa
colonização até o Cachoeira/Delta do momento”.
Com o
parágrafo acima o professor de história e deputado federal carioca Chico
Alencar (PSOL-RJ) inicia um interessante artigo publicado na edição da última
quarta-feira (23/08), no jornal Folha de São Paulo, onde analisa o fenômeno da
corrupção eleitoral no país, por meio de uma visão histórica desta doença
política que tanto tem degradado a vida da República Federativa do Brasil,
causando danos irreparáveis em nosso Estado Democrático de Direito.
Diagnosticada
grande parte do mal, necessário se faz prescrever a medicação adequada para
tentar salvar, ou pelo menos melhorar a qualidade de vida do paciente, que se
encontra acometido por tal enfermidade político-social. No delicado momento em
que as disputas eleitorais em nosso estado, com toda a certeza, farão valer a
máxima popular que a vaca desconhecerá seus próprios bezerrinhos, nada melhor
do que distribuir algumas doses de vacina ética-cidadã para a os eleitores se
imunizarem desta praga.
Por
iniciativa do Juiz de Direito Fernando Mendonça, acolhida com especial atenção
pelo Tribunal Regional Eleitoral, a magistratura maranhense oferece para todo
Brasil um exemplo de zelo, valorização e vigilância com o processo eleitoral,
através do projeto Fiscal Eleitoral Voluntário, cujo objetivo principal “visa
qualificar o cidadão voluntário para auxiliar o Juiz na fiscalização de todo o
processo eleitoral, contribuindo ao livre exercício do voto, a participação
popular e a cultura cidadã”.
Compreenda-se
o processo eleitoral como o antes, o durante e o depois, justamente quando
tradicionalmente o candidato eleito rompe os laços com a comunidade que o
elegeu e não presta contas para mais ninguém dos seus atos futuros, muito menos
das promessas passadas. Portanto, esta louvável iniciativa chega num momento em
que as duas máquinas de guerra eleitoral, leia-se: prefeitura de São Luís e
Governo do Maranhão, se preparam para perpetrar abusos de poder econômico e
político de todos os gêneros e espécies, com o propósito de elegerem na marra
os seus candidatos, desequilibrando a igualdade do sufrágio.
O projeto
Fiscal Eleitoral Voluntário tem na própria comunidade a sua principal aliada e
a experiência piloto, como área de atuação, a 91ª Zona Eleitoral
(Itaqui-Bacanga), que possui uma população de 160.000 habitantes, 72.958
eleitores, 194 seções e 32 locais de votação. Os critérios exigidos para
participação do projeto são os seguintes: eleitor maior de 18 anos, que não
seja candidato, membro de Partido Político, ficha suja por ilícito eleitoral ou
cabo eleitoral.
Após
passar por um processo de seleção, que consistirá numa apreciação por uma
Comisssão de Avaliação antes da aprovação pelo Juiz Eleitoral, o candidato a
“Fiscal Eleitoral Voluntário” receberá uma capacitação constante das
disciplinas: a) Técnica Investigativa e Relações Interpessoais, b) Ética e
Cidadania e c) Direito Eletoral. Após a capacitação o Fiscal receberá um
certificado de participação, a Identificação de Fiscal do Juízo e assinará um
Termo de Compromisso.
A atuação
do fiscal compreenderá o acompanhamento do processo eleitoral em sintonia
direta com a Ouvidoria do TRE, no caso de notícia ou fato que apresentem
indícios de ilícitos eleitorais, e com o próprio Juiz Eleitoral ou Comissão de
Poder de Polícia, no caso de flagrante ou cometimento de crime eleitoral.
Para
assegurar uma atuação adequada, o Fiscal Eleitoral Voluntário poderá utlizar
dos seguintes meios: telefone (fixo ou móvel), email, câmeras fotográficas,
filmadoras e outros que necessários para garantir a licitude das eleições.
A
magistratura maranhense, e o Juiz Fernando Mendonça estão de parabéns por esta
inestimável iniciativa, que esperamos possa ser replicada para as demais zonas
eleitorais da nossa capital.
*Joãozinho
Ribeiro é poeta e compositor, presidente da Fundação Municipal de Cultura de
São Luís (1997/1998), secretário de cultura do Maranhão (2007/2009) e assessor
do Ministério da Cultura (2009/2010). Escreve para o Jornal Pequeno às
segundas-feiras.

  • Jorge Vieira
  • 31/ago/2012

Juiz maranhense se antecipa ao TSE, cria blog e exige transparência de candidatos nas eleições

Campanhas foram obrigadas a divulgar nome de doadores

Antes
mesmo do Tribunal Superior Eleitoral divulgar dados dos doadores que
financiam as campanhas, Márlon Reis, um dos idealizadores da Ficha
Limpa, já havia adotado a medida em João Lisboa e nas cidades de Senador
La Rocque e Buritirana, no interior do Maranhão. Magistrado virou
referência na busca pela transparência no processo eleitoral.


Carlos Madeiro, Fabrício Venâncio, Leandro Moraes e Noelle Marques
Do UOL, em João Lisboa (MA)

Marlon Reis, juíz eleitoral de João Lisboa

Em João Lisboa (a 625 km de São Luís), um juiz
eleitoral se tornou sinônimo de luta para tentar tornar as campanhas dos
candidatos mais transparentes. Um dos idealizadores da ação popular que
resultou na Lei da Ficha Limpa e professor de direito eleitoral, Márlon
Reis criou um blog e exigiu que os candidatos das três cidades que
estão sob sua jurisdição divulgassem quem são os financiadores das
campanhas.

Na pequena comarca do sul do Maranhão –o Estado mais
pobre do Brasil–, Reis foi o primeiro juiz do país a baixar a medida,
com base na Lei de Acesso à Informação, determinando que as duas
prestações de contas parciais dos candidatos informem os nomes e dados
dos doadores.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adotou o mesmo
modelo e, no último dia 24, publicou, com base no mesmo argumento do
acesso à informação, os dados das doações de todos os candidatos a
prefeito e vereador do país. Até então, os candidatos e as campanhas só
eram obrigados a revelar tais dados após o pleito.

Veja imagens do município maranhense de João Lisboa

Foto 4 de 29 – Placa de José Sarney foi colocada na entrada do municipio de João Lisboa (MA) Leandro Moraes/UOL
Para
garantir a publicação das prestações de contas em seis de agosto,
Márlon criou um blog em um site público, já que, até então, o sistema da
Justiça Eleitoral não permitia tal divulgação. 
Existe um ditado que diz que quem paga a banda escolhe a música
 “O
que ocorreu é que Lei de Acesso à Informação, que é mais recente,
revogou o dispositivo da Lei Eleitoral que omitia esses dados. E eu
baixei um provimento informando isso aos candidatos”, explicou. O mesmo
argumento foi usado pela presidente do TSE, Carmen Lúcia, para defender a
liberação dos dados ainda durante as campanhas eleitorais.
“Eles
[do TSE] pegaram a repercussão da decisão que eu e outros juízes
começamos a baixar pelo país. Não tenho dúvida que foi uma decorrência
da nossa ação, que teve grande repercussão nos meios de comunicação.
Tanto que usaram os mesmos fundamentos jurídicos. Eu passei o fim de
semana em estado de graça, ao saber que o TSE seguiu a mesma linha”,
disse Reis.

Mais transparência

Mas
engana-se quem pensa que o juiz se dá por satisfeito. Um novo
provimento baixado nesta quinta-feira (3) deve tornar a prestação de
contas ainda mais clara para eleitor e órgãos de fiscalização.
“Com
a revelação dos números apareceu outro problema: muitos candidatos
estão usando os partidos políticos para omitir dados. Isso ocorreu no
país inteiro, especialmente nas grandes cidades. Não basta dizer que o
dinheiro veio do partido. O novo provimento é para que os candidatos
informem de onde veio o dinheiro do partido, pois ele não brotou do chão
e tem que ter uma fonte declarada”, disse.
  • Leandro Moraes/UOLCasa em ruínas demonstra lado precário de João Lisboa; clique na imagem para ver mais fotos
Além
de Márlon Reis, outros 12 juízes dos Estados do Mato Grosso, Amazonas,
Bahia, Tocantins e Paraná, além do Maranhão, baixaram medidas similares
no mesmo dia, com o mesmo conteúdo.
Reis exemplifica onde estaria o
problema: “Tem candidato que recebeu até R$ 2 milhões do partido. Só
que os partidos não têm essa verba. O que acontece é que os partidos vão
atrás do dinheiro, conseguem, mas sem vincular os nomes dos verdadeiros
doadores. As empresas doam ao partido, que repassam ao candidato. É
fraude. Os partidos só vão prestar contas em abril do próximo ano, o que
impossibilita uma ação eleitoral, em caso de irregularidade.”
O
juiz explica que o candidato que não prestar contas de forma correta –e
com a inclusão da origem do dinheiro repassado pelo partido— poderá
perder o cargo, caso seja eleito.
“Se eles não
prestarem a informação completa, vão incorrer em um ato ilícito. Isso
está dito no novo provimento. Eles têm de informar, sob pena de terem as
contas rejeitadas.”
Para Reis, a questão da informação sobre os
dados de quem doou é crucial para o eleitor e órgãos de fiscalização. “A
nossa ideia é que as doações façam parte do debate eleitoral. Esse
mecanismo é fundamental para dar transparência. Alguém, por exemplo,
pode estar fazendo uma campanha maior do que anuncia. Como diz o ditado,
não há melhor desinfetante que a luz do sol. Com essa ação se torna
difícil fiscalizar. Mas sem esses dados, é impossível”, avalia.

  • Jorge Vieira
  • 31/ago/2012

TSE aprova envio de força federal para São Mateus

Força federal vai garantir eleição no município de São Mateus
O Plenário do Tribunal
Superior Eleitoral aprovou na última quinta-feira (30) o envio de força federal para o município de São
Mateus do Maranhão (MA) e para 39 municípios do Pará durante a realização das
Eleições 2012.
Os pedidos de envio de força federal foram feitos ao TSE pelos juizes eleitorais dos dois Esatados  para a manutenção da ordem e da segurança pública no dia da eleição. 
Em sua última participação como integrante do TSE, o ministro Gilson Dipp,
relator dos dois pedidos de requisição de força federal, votou pela aprovação
das solicitações. Ele informou que os governadores do Pará e Maranhão se
manifestaram de forma favorável aos pedidos.
O ministro Gilson Dipp deixa o cargo de ministro efetivo do TSE nesta
quinta-feira. Ele foi empossado vice-presidente do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) nesta sexta-feira (31).

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