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  • Jorge Vieira
  • 29/nov/2012

Edivaldo fará uma administração inovadora e será um grande prefeito, diz Flávio Dino

Em entrevista concedida ao Blogue do Ed Wilson, o presidente da Embratur e pré-candidato a governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), falou sobre a expectativa quanto à gestão de Edivaldo Holanda Júnior à frente da Prefeitura de São Luís, sobre a política de alianças para as eleições de 2014 e a perseguição que sofre da mídia sarneísta, entre outros assuntos. Leia abaixo a íntegra da entrevista:

Blogue – Qual o significado da vitória de Edivaldo Holanda Junior (PTC) em São Luís?

Flavio Dino – Um novo caminho para a gestão pública em São Luís, que resultará em melhoria da qualidade de vida na nossa cidade. No plano político, a vitória de Edivaldo representa o fortalecimento do campo democrático e popular contra o poder dos coronéis.

Blogue – O sucesso ou fracasso da gestão de Edivaldo Holanda Junior vai impactar na sua candidatura ao governo. Quais as expectativas em relação ao novo prefeito?

Flavio Dino – As melhores possíveis. Ele fará uma administração inovadora, com muitos avanços. Ao fim dos 4 anos, ele será avaliado como um grande prefeito.

Blogue – Além da vitória na capital, como foi o desempenho do seu grupo político nos outros municípios do Maranhão?

Flavio Dino – Trabalhamos em aliança com vários partidos e obtivemos muitas vitórias políticas e eleitorais, enfrentando fraudes, violência e abuso do poder econômico. Estou satisfeito.

Blogue – Sua pré-candidatura já tem um esboço do programa de governo? Quais seriam as diretrizes para alavancar o desenvolvimento do Maranhão?

Flavio Dino – Vamos construir o programa de governo de modo participativo, como sempre fizemos. Naturalmente as diretrizes que apresentamos em 2010 permanecem válidas. Queremos um novo modelo de desenvolvimento para o Maranhão, voltado para superar os péssimos indicadores sociais. Chega de ver o Maranhão como campeão de injustiça social. Além disso, vamos eliminar o coronelismo e o patrimonialismo no comando do aparato público estadual.

Blogue – Você é candidato pelo partido comunista, mas talvez a solução para o Maranhão seja a abertura para o capitalismo produtivo como forma de quebrar o esquema patrimonialista. O que pode surgir dessa contradição?

Flavio Dino – Os investidores privados são importantes para gerar empregos e oportunidades de negócios para as empresas locais. Os empresários não serão mais extorquidos ou chantageados. Não quero ser sócio de ninguém. Quem cumprir as leis, respeitar os direitos humanos e preservar o meio ambiente será muito bem tratado.

Blogue – Há um sentimento de renovação no Maranhão, mas além do aspecto cronológico e dos significados do dicionário, o que sua candidatura representa de novo no cenário político?

Flavio Dino – Mudar o Maranhão de verdade não é tarefa para uma única pessoa. É preciso reunir forças progressistas, democráticas e populares em torno de um programa avançado, com mudanças claras. É isso que estamos fazendo, com coragem e serenidade.

Blogue – Como estão as articulações para a construção da frente de oposição à oligarquia Sarney? Quais partidos serão convidados?

Flavio Dino – Precisamos de uma aliança ampla. Todos que quiserem acabar com a pobreza, as injustiças, a negação de direitos ao povo, estão convidados.

Blogue – Cogita uma aliança com o PSDB?

Flavio Dino – Claro que sim.

Blogue – Qual será o tamanho do ex-governador José Reinaldo Tavares na frente de oposição?

Flavio Dino – O governador Zé Reinaldo é uma grande liderança, teve um papel decisivo para a vitória de Jackson Lago em 2006. Foi o terceiro senador mais votado em 2010. Sua presença foi e é muito importante. Zé Reinaldo e todas as lideranças do PSB, como o companheiro Roberto Rocha, serão muito importantes em 2014.

Blogue – Qual será a tendência predominante na coligação que você está liderando para disputar o governo do Maranhão em 2014: esquerda, centro ou centro-direita?

Flavio Dino – Fiz uma opção de vida clara, desde 1983. Sempre estive na margem esquerda do rio. Quanto à nossa coligação, repito: todos que quiserem acabar com a pobreza, as injustiças, a negação de direitos ao povo, estão convidados.

Blogue – Você é criticado pelas aproximações com figuras públicas como o ex-prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, a quem denominou de “co-piloto” na sua candidatura ao governo em 2010. Coutinho estará no palanque de 2014?

Flavio Dino – Espero que sim. Humberto fez dois governos muito bem avaliados em Caxias. Por exemplo, construiu 6.500 casas e dezenas de escolas. Além disso, teve muita determinação em 2010. Ele se manteve firme, quando eu não tinha nem 10% nas pesquisas.

Blogue – Você espera obter o apoio de Lula, Dilma e do PT do Maranhão?

Flavio Dino – Ficarei muito honrado com esses apoios. Espero que aconteçam. Tenho certeza de que esse é o desejo da imensa maioria dos petistas, em todo o país e no Maranhão. Lembro que vencemos a convenção estadual do PT em 2010. E, por decisão da presidenta Dilma, faço parte do seu governo.

Blogue – A deputada estadual Eliziane Gama (PPS) pretende liderar uma terceira via, colocada como alternativa aos grupos liderados por você e pelo senador José Sarney (PMDB). Como analisa esse movimento?

Flavio Dino – Eliziane é uma amiga muito querida, admiro seu mandato parlamentar. Desejo que ela esteja conosco em 2014. Mas se outra for a opção dela, respeito democraticamente.

Blogue – Qual será o melhor adversário na eleição para o governo em 2014: o ministro das Minas e Energia Edison Lobão ou o chefe da Casa Civil Luís Fernando Silva?

Flavio Dino – Esse é um assunto interno da oligarquia Sarney. Creio que nesse momento em que há uma disputa no grupo deles, devemos aguardar respeitosamente.

Blogue – Qual o maior desafio para mudar o Maranhão?

Flavio Dino – Enfrentar as baixarias de quem não quer um debate político autêntico e respeitoso. Todos os dias a máquina de propaganda da oligarquia Sarney mente e me agride. Eles não aceitam que eu tenha recusado, e continue a recusar, as tentativas de me comprar ou de me intimidar. Sei que minha coragem e dignidade os incomodam. Mas com a proteção de Deus e a força do nosso povo vamos vencer.

Blogue – Você pretende solicitar observadores nacionais para acompanhar o processo eleitoral de 2014?

Flavio Dino – Nunca pensei nisso. Vamos analisar no tempo próprio.

Blogue – Na condição de executivo do turismo (presidente da Embratur), como você avalia as súbitas mudanças sobre poluição e despoluição nas praias de São Luís?

Flavio Dino – Falta transparência nesse e em outros temas administrativos. Isso é um grave erro. Sem um sistema respeitado de mensuração da qualidade das praias, não se consegue convencer ninguém e ainda se expõe a saúde da população a riscos. Espero que o governo do estado mude a sua conduta. 

  • Jorge Vieira
  • 29/nov/2012

Reforma política ganha chance de, enfim, ser votada

Deputados articulam a possibilidade
de analisar quatro temas, entre eles, o financiamento público de
campanha e o fim das coligações proporcionais

Fora
das discussões dos líderes da Câmara desde o fim do semestre passado, a
proposta de reforma política viu crescer as chances de, afinal, ser
colocada em votação na próxima semana. No entanto, para isso acontecer,
precisa superar uma alta rejeição entre os deputados por mexer em temas
polêmicos, como a forma com que as campanhas políticas são financiadas e
alterações no sistema eleitoral. A definição sairá na terça-feira (4),
quando os líderes se reúnem.
Henrique Fontana tenta colocar em votação quatro temas
Não
será a reforma política mais ampla que inicialmente se pretendia. De
uma série de mudanças que pretendia, o deputado Henrique Fontana
(PT-RS), relator na comissão especial que discutiria a reforma,
conseguiu o apoio do PT para votar quatro temas. Não mais tais temas
passarão primeiro pela comissão especial. A ideia é levá-los diretamente
para o plenário. Obtido o apoio formal do PT, Fontana agora articula-se
para conseguir adesões nos demais partidos. O governo, apesar da
preocupação de que o tema ocupe a pauta até o final do ano, demonstrou
simpatia pela proposta. A ideia do PT e do governo é dar uma resposta
política à sociedade diante do resultado final do julgamento do
mensalão. A aprovação de alguma reforma política, com a aprovação de
pontos como o financiamento público, seria uma resposta às distorções do
sistema político que geram os problemas verificados no julgamento da
Ação Penal 470.
Fontana apresenta quatro mudanças para votação no plenário. Ele
altera o atual sistema de financiamento privado de campanha para um
sistema público. Estabelece o fim da possibilidade de coligação nas
eleições proporcionais (para vereador, deputado estadual e deputado
federal), institui o sistema belga de votação (em que o eleitor vota nas
eleições proporcionais duas vezes, na lista do partido e no candidato
da sua preferência) e a coincidência das eleições (em vez de eleição
para prefeito e vereador em um ano e eleição para presidente,
governador, senador e deputado federal dois anos depois).
Apesar da intenção, não se trata, porém, de algo pacífico e de fácil solução. Um líder governista ouvido pelo Congresso em Foco lembrou
que a Câmara é uma “Casa política”, e é preciso saber entender as
vontades dos outros partidos da base. Existe o receio de um efeito
cascata, de alterações que acabem, por reação levando a outras. E também
de, no caso de o projeto não ser aprovado, mais uma derrota ser
creditada à conta do Palácio do Planalto.
Assim, para chegar à votação, é preciso superar uma série de dúvidas
com relação ao texto final. Até a ordem em que as propostas serão
votadas são alvo de discussão entre os deputados. Entre líderes da base e
da oposição o sentimento é de descrença. A expectativa que a proposta
entre realmente em votação é baixa. Faltando aproximadamente duas
semanas para o fim do semestre legislativo, os parlamentares tendem a
não querer enfrentar temas polêmicos.
Próxima terça
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), delegou a Henrique
Fontana a aticulação para colocar o texto em votação. Inicialmente, a
votação está prevista para terça que vem (4 de dezembro). Desde a semana
passada, Fontana tem conversado diariamente com os colegas. Explica os
principais pontos do texto e pede apoio para a votação ocorrer. Mesmo
assim, as divergências continuam grandes. “Eu vou sentir o clima na
terça para saber se entra em votação”, disse Maia ao Congresso em Foco.
Indicado como relator da reforma no ano passado, Fontana mudou seu
parecer de forma substancial pelo menos duas vezes. Ainda fez uma série
de mudanças pequenas, sempre tentando aproximar os deputados de um
consenso. Até agora, não conseguiu, tanto que o texto não foi votado na
comissão especial criada por Marco Maia no ano passado. De todo o
planejado, restaram quatro propostas, que devem ser votadas
separadamente caso o texto entre realmente na pauta do plenário.
Longe do consenso
Dos quatro temas propostos por Fontana, somente a coincidência das
eleições parece mais próximo de um consenso. “Somos a favor de coincidir
as eleições. O país gasta R$ 550 milhões a cada dois anos com os
pleitos”, disse o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG).
O deputado mineiro é um dos líderes que não acredita ser possível
votar o texto na semana que vem. Portela entende que os outros três
temas presentes no relatório de Fontana são de difícil consenso entre os
parlamentares.
A maioria dos parlamentares entende, por exemplo, que o financiamento
público, para funcionar, implicaria também uma mudança no formato do
sistema de votação nas eleições proporcionais. Se o dinheiro para a
campanha será entregue para a administração do partido, os parlamentares
entendem que não seria possível a manutenção do atual sistema, no qual
os candidatos de uma legenda disputam entre si a preferência do eleitor.
Daí, a ideia de que o voto na eleição proporcional passasse a ser em
lista (em vez de votar em um candidato, o eleitor votaria somente no
partido; cada partido elaboraria uma lista de candidatos e eles seriam
eleitos de forma proporcional dependendo do número de votos que o
partido obtivesse). O voto unicamente em lista seria uma alteração total
na cultura política do eleitor brasileiro, que hoje não vota em
partidos, mas em pessoas.
Daí a ideia de Fontana da adoção do sistema belga. Nesse sistema, o
eleitor vota duas vezes nas eleições proporcionais. Primeiro, ele vota
no partido. Depois, ele vota de novo, em um candidato. Dependendo do
número de votos que esse candidato tiver, ele altera sua posição na
lista. Por exemplo, na lista definida pelo partido, o candidato x é
apenas o quinto nome. Mas, na eleição, ele acabe sendo o mais votado
entre os candidatos da legenda. Essa situação faça com que ele suba de
posição na lista.
“O sistema belga é complicadíssimo”, rebate Lincoln Portela. “Acho
muito improvável que isso seja compreendido tão rapidamente e ganhe
adesão. Acho difícil que a reforma seja votada, ainda mais faltando duas
semanas para encerrar o ano”, sentencia.
Campanha
De qualquer modo, enquanto dava entrevista ao Congresso em Foco
na terça-feira (27), Fontana conversava com colegas pedindo apoio. Dois
colegas de bancada – Dr. Rosinha (PT-PR) e Décio Lima (PT-SC) –
passaram e ele não perdeu a oportunidade de fazer campanha pela reforma.
“Vamos lá, companheiros, reforma política na terça-feira”, afirmou. Ao site, Fontana disse existir um movimento favorável para a votação da proposta. “Conseguimos diminuir os pontos polêmicos”, relatou.
Vice-líder do PSDB na Câmara, César Colnago (ES) não tem a mesma
expectativa de Fontana. Para ele, a possibilidade de a proposta entrar
em votação na próxima semana é pequena. “Este tema é complicado, acho
que não vai ser votado, não”, disse o tucano. Ele relatou que se
encontrou com o relator da reforma na semana passada. Os quatro pontos
foram explicados, mas uma frase de Colnago resume a dificuldade: “Cada
um tem sua reforma política na cabeça”.
O relator entende que, se o número de parlamentares contrários a
partes do texto for grande, ele não será votado. Para o petista, não
vale a pena colocar em votação uma proposta com grande resistência.
Marco Maia disse ao site que “os deputados questionam até a ordem de votação das propostas”.
Tramitação
A Comissão Especial de Reforma Política foi instalada no ano passado
por Marco Maia após articulação com o presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP). Eles definiram que as duas Casas tratariam dos temas. Os
deputados teriam 180 dias para trabalhar e estudar todas as propostas
referentes ao sistema político-eleitoral brasileiro que tramitavam na
Câmara. Já os senadores tiveram a missão de elaborar projetos do zero.
Enquanto no Senado uma série de propostas foi apresentada e aprovada
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara a leitura e
votação do relatório de Fontana foi adiada diversas vezes. Ele mudou o
parecer para tentar agrupar boa parte dos pedidos dos partidos. No
entanto, outros pontos de divergência surgiram, o que impossibilitou a
votação da proposta na comissão especial.

Coincidência de eleições
Para o ponto menos polêmico da proposta – a coincidência das eleições
no mesmo ano – , Fontana propõe a seguinte solução. A partir de 2022,
todas as eleições ocorreriam no mesmo ano. Ou seja, os eleitores iriam
às urnas para escolher, de uma vez só, vereadores, prefeitos,
governadores, senadores, deputados distritais, estaduais e federais e o
presidente da República. Em 2016, ocorreria a última eleição municipal
separada. Prefeitos e vereadores teriam um mandato de seis anos, em vez
do mandato normal de quatro anos. A ideia inicial era reduzir para dois,
mas Fontana acabou modificando após pedido de colegas.
Um dos poucos pontos que ele não aceitou modificar foi o
financiamento público de campanha. Para ele, o crescente custo das
campanhas precisa ser freado. E isso só pode acontecer com dinheiro
público. Assim como quem banca a corrida eleitoral, o sistema belga –
onde o eleitor vota duas vezes, uma no candidato e outra na legenda –
também atrai polêmica. “Esses dois temas são os mais complicados para
votar”, resumiu o líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos (SP).

  • Jorge Vieira
  • 28/nov/2012

Justiça mantém no cargo reitor da Uema

O Pleno
do Tribunal de Justiça (TJMA) manteve José Augusto Silva Oliveira no cargo de
reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em sessão realizada nesta
manhã de quarta-feira (28).
Por
maioria, o Plenário decidiu pela rejeição do mandado de segurança impetrado
pela professora Iva Souza da Silva, que pedia a realização de nova eleição, por
considerar inválida a participação de José Augusto Oliveira e sua nomeação pela
governadora do Estado, para o mandato 2011/2014.
No
mandado de segurança, a professora, que concorreu ao cargo e foi derrotada por ele,
alegava que Oliveira não poderia participar da eleição, por já ter assumido a direção
da instituição duas vezes, quando a lei autoriza apenas uma recondução.
A maioria achou que não e decidiu mantê-lo no cargo.

  • Jorge Vieira
  • 28/nov/2012

TJ condena prefeito de Peritoró por improbidade

O
prefeito de Peritoró, Agamenon Lima Milhomem, foi condenado pela 3ª Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão, com maioria de votos, por não
prestar contas referentes ao exercício financeiro de 2009 dentro do prazo
determinado por lei. Milhomem deverá cumprir pena de 3 meses de detenção em
regime aberto, convertida em prestação de serviços à comunidade.
Para o
desembargador Joaquim Figueiredo, relator do processo, a questão não pode ser
tratada como mero descaso administrativo ou irregularidade. “Até pela má
administração dessas contas, somadas ao atraso em sua prestação, já vejo a
tentativa do réu em se furtar da obrigação de prestar as contas anuais do
município”, frisou o desembargador.
Segundo
o relator, é inviável aceitar a conclusão de que o cumprimento da ordem legal
em qualquer momento retira o dolo da conduta omissiva.
Em sua
defesa, o prefeito alegou que está adimplente com seu dever constitucional,
afirmando que não cumpriu com suas obrigações no prazo legal, mas o fez com
atraso em 14 de abril de 2010, antes do oferecimento da denúncia, o que
justificaria a ausência de dolo (intenção de cometer o crime). A denúncia foi
recebida pela 3ª Câmara Criminal em 9 de maio de 2011.
Em
interrogatório, Milhomem informou que no último dia para entrega da prestação
de contas – 5 de abril de 2010 – compareceu à sede do Tribunal de Contas do
Estado (TCE) com os documentos necessários, mas que não foram recebidos por
ter sido constatada ausência de assinaturas e carimbos.
O voto
do relator pela condenação do prefeito foi acompanhado pelo desembargador
Raimundo Nonato de Souza, em conformidade com o parecer do Ministério Público
Estadual. Entendimento contrário teve o desembargador Fróz Sobrinho, que
votou pela improcedência da ação, argumentando o afastamento de dolo.
Assessoria
de Comunicação do TJMA

  • Jorge Vieira
  • 28/nov/2012

Relator do processo de cassação de Roseana se livra do garrote do Sarney

Gurgel engavetou o processo de cassação de Roseana
O procurador
geral da República, Roberto Gurguel, relator do processo de cassação da
governadora Roseana Sarney no Ministério Público, já não precisa mais do manto
protetor do presidente do Senado, caso prosperasse o pedido de investigação
contra ele feito pelo relator da CPI do Cachoeira, e já pode emitir seu parecer
sem o garrote no pescoço colocado pelo senador José Sarney (PMDB-AP).
Nesta
manhã de quarta-feira (28), o deputado Odair Cunha (PT-MG) comunicou aos
integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito que retirou do texto o pedido
de indiciamento de jornalistas e de investigações do procurador-geral da
República.
Gurguel,
numa atitude que levantou suspeita, por está envolvido no julgamento do
mensalão do PT, avocou para ele a relatoria da cassação Roseana e nunca mais
devolveu o processo para julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, onde tida
como certa a cassação dela e do vice Washington Oliveira (PT), por abuso de
poder político e econômico nas eleições de 2010.

O procurado geral há mais de cem dias está sentado no processo e, por este e
outros motivos, está sendo acusado de retardar o julgamento da governadora que
se elegeu realizando convênios que totalizaram quase R$ 1 bilhão em troca de
votos.
O
jornalista Paulo Henrique Amorim, em seu blog Conversa Afiada, afirma que
“há quem veja nessa morosidade um conluio entre o senador Sarney, pai da
governadora, e Gurgel. Sustentam essa hipótese renitentes coincidências. José
Arantes, assessor parlamentar do procurador-geral foi assessor parlamentar de
Sarney na Presidência da República. Seria apenas um detalhe curioso?”
Conversa
Afiada diz mais: “Há problemas concretos. Um deles, já denunciado nesta
coluna, levou o presidente da Câmara quase à exasperação. Na terça-feira 20, o
deputado Marco Maia criticou pública e duramente o Senado pela morosidade em
votar a indicação do professor Luiz Moreira, já aprovada pelos deputados, para
o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM)”.
Seria
“morosidade gurgeliana”?
“Ou
seja, a indicação estaria bloqueada por Sarney em favor de Gurgel? Gurgel teria
bloqueado o processo de Roseana em favor de Sarney? Finalmente, haveria nessa
história uma vergonhosa troca de favores?”, questiona Amorim.

  • Jorge Vieira
  • 28/nov/2012

Funcionários do DNPM pedem que MPF investigue denúncia de corrupção

Servidores
do Departamento Nacional de Produção Mineral no Maranhão protocolaram no
Ministério Público Federal pedido de investigação para apurar a denúncia feita
ao blog por empresários mineradores e funcionários do órgão sobre suposta
prática de pagamento de propina para a liberação de processos pendentes.
Conforme
apurou o blog, cem por cento dos funcionários do DNPM assinaram o documento que
pede a apuração do fato denunciado.
Mineradores
denunciaram ao blog sábado (24) que as autorizações de direitos minerários, uma
rotina no órgão, somente estariam sendo liberadas para publicação no Diário
Oficial da União mediante suposto pagamento de propina ao diretor de gestão de
título minerários, Jomar da Silva Feitosa.
O esquema
estaria funcionando desde 2009 e permanece até os dias atuais, para revolta dos
técnicos do DNPM e dos empreiteiros denunciantes que estão sem poder trabalhar
porque estariam se recusando a pagar até R$ 250 mil para receberem as licenças
que dão direito ao beneficiado pesquisar e lavrar o minério.
Segundo a
denúncia encaminhada ao blog, inclusive com apresentação de documentos, o
esquema de corrupção ocorre de várias formas. Uma dela aconteceu com uma
empresa mineradora que recebeu licença para lavrar granito ornamental em área
onde não existe este tipo de minério, conforme laudo atestado por técnicos do
próprio Departamento.
Na
realidade, laudo diz que na área em questão 
existe uma grande jazida de granito para brita e esta operação feita
pelo DNPM, pela legislação que rege o setor, é considerada ilegal. A
ilegalidade, no entanto, teria sido referendada pela diretoria de gestão de
títulos mediante pagamento, mas corre o risco de ser revogada.
Outro
fato muito estranho é o pagamento de multas e taxas de mineradoras ligadas a
políticos maranhenses pelo próprio diretor do Departamento Nacional de Produção
Mineral, com o valor do boleto sendo descontado em sua própria conta bancária.
Em
outubro de 2010, por exemplo, o ex-deputado estadual e prefeito de Codó,
Ricardo Archer, protocolou o processo nº 48422-906332/2010 solicitando o
parcelamento de uma multa em oito vezes. As parcelas, no valor de R$ 301,63
foram pagas através de boleto descontado diretamente da conta do diretor de
Gestão de Títulos.

  • Jorge Vieira
  • 28/nov/2012

“O que impede o Estado brasileiro de cuidar seus presos que apodrecem nos cárceres?”, questiona Domingos Dutra

“Se possuímos um aparato jurídico
abundante e de boa qualidade, e dispomos de estruturas públicas gigantescas
incrustadas nas máquinas da União, dos 26 estados e do Distrito Federal, o que
impede o Estado Brasileiro de cuidar dos seus presos que apodrecem nos
cárceres?”.

Foi com essa indagação que o
presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado
federal Domingos Dutra
(PT/MA)
, abriu, nesta terça-feira (27), os debates do Seminário
sobre Sistema Carcerário Brasileiro.
O seminário – que consta de quatro
mesas de debates – foi proposto pelo próprio deputado maranhense, conjuntamente
com a deputada federal Érika Kokay (PT/DF) para discutir com representantes do
governo federal, do Congresso Nacional e da sociedade civil organizada,
alternativas para o sistema penitenciário nacional.
O evento foi aberto
com uma exposição fotográfica e a exibição de um vídeo produzido pela TV
Câmara, em 2009, sobre os trabalhos da CPI do Sistema Carcerário (período
2007-2008), da qual o deputado Domingos Dutra foi o relator.
Em seguida, Augusto Eduardo Rossini, presidente do Departamento
Penitenciário Nacional (Depen) e representante do ministro da Justiça; Maurício
Kuehne, do Conselho Nacional de Secretarias de Administração Penitenciária;
Ângelo Oliveira, juiz-substituto da Vara de Execuções Penais (VAC) do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal; Luciano Losekann, do Conselho Nacional de
Justiça; e o prefeito de Planaltina (GO), José Olinto Neto, fizeram uma
avaliação do sistema penitenciário desde o lançamento do relatório da CPI.
                                                                                                                                  
AS CAUSAS DO CAOS – O deputado Domingos Dutra, que
coordenou a primeira mesa, fez vários questionamentos no decorrer de sua explanação.
“O que impede o Estado garantir trabalho aos presos se temos gente, leis,
terras ociosas no entorno dos presídios e obras e serviços públicos em todo o
Brasil, que podem absorver parte da mão de obra ociosa nos cárceres?”,
interrogou.
– Será que uma das causas
do sistema carcerário ser o que é (um inferno) é porque a maioria dos
encarcerados é pobre, negro, analfabeto, homens e mulheres para os quais o
Estado negou as mínimas condições de cidadania, quando os mesmo estavam em
‘liberdade’? Se esta é uma das causas, que o Judiciário passe a condenar os
grã-finos e os colarinhos brancos – orientou o parlamentar.
HUMANIZAÇÃO DO SISTEMA – O deputado Domingos Dutra afirmou que
o caos nesse sistema é secular e de conhecimento público. “Agora é hora de ação”,
disse ele, defendendo a humanização do sistema carcerário como solução.

Humanizar o sistema carcerário não se confunde com a defesa de bandidos, como
infelizmente pensam alguns – avisou o parlamentar, completando: “É cumprir a
lei, a Constituição, os tratados internacionais e respeitar os direitos de quem
foi condenado”
Para o
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, humanizar o sistema
carcerário é também defender a sociedade. “Devemos humanizar esse sistema em
defesa de todos nós que estamos livres, porque hoje o preso está contido, mas
amanhã ele está contigo, comigo, com todos nós. É melhor e mais barato devolver
para a sociedade quem cumpriu a sua pena recuperado, do que feito uma fera,
como acontece hoje”, acrescentou.
O
seminário debateu, ainda, a Execução Penal – progressão de regime, medidas
cautelares, alternativas penais e modernização da gestão penitenciária; a
Reintegração Social (educação, trabalho, saúde e outros direitos fundamentais
para integração dos/as presidiários/as); e Perspectivas de Mudança no Marco
Jurídico (a Lei de Execução Penal, a proposta de execução penal no novo Código
Penal e as experiências exitosas de normatização interna).

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