O Prefeito Edivaldo Holanda Júnior começa o seu mandato
frente à prefeitura de São Luís com grandes desafios gerenciais e
políticos. Não bastasse o caos na saúde, na educação e o rombo nas
contas publicas, o prefeito ainda se vê diante de uma serie de factóides
políticos gerados pelo governo do estado com clara intenção de causar
prejuízo politico à gestão municipal e, consequentemente, ao grupo de
oposição estadual.
Propuseram uma parceria, medindo que Prefeito e oposição
fossem condenar e rechaçar qualquer aproximação com o grupo que massacra
o Maranhão há mais de 50 anos. Ledo engano, a nossa visão é que a
“parceria” na realidade, e contrário ao que pregam, não é um favor, mas
uma obrigação. Afinal, com tanto prejuízo e endividamento, já passou da
hora dos gestores municipais receberem algum tipo de parceria por parte
do governo do estado, principalmente os municípios mais pobres.
Roseana publica ajuda, gastando mais com a mídia que com a
ação, age como o algoz que tira a vida e vai ao velório, pois passou
quatro anos, escorado na incompetência de uma gestão municipal de São
Luís que além de desmontar serviços e sucatear a estrutura de postos e
hospitais ainda permitiu que o Governo do Estado definhasse a saúde do
município não repassando recursos federais a capital.
Não se tem notícia de nenhuma ajuda, nenhuma contribuição do
gestor estadual ao gestor municipal nos últimos anos, apenas de uma
ação alardeada como cinco milhões de reais para lavar, pintar meio fio e
trocar lâmpada agora ao final de 2012, como se isso e os mais de 60
hospitais construídos e abandonados em meio ao matagal pelo Maranhão
resolvessem todos os problemas de saúde de nossa população. Só
politicagem barata. Em qualquer outro Estado da Federação é natural que
governos estaduais coloquem suas contribuições financeiras aos
municípios de forma transparente, no Maranhão nem mesmo a regulamentação
da emenda constitucional 29 conseguiu tal proeza.
Ninguém sabe como, onde e quanto está sendo gasto os
recursos estaduais na saúde. Nem o conselho estadual de saúde, nem a
população ou mesmo o Ministério Público. Por aqui, trata-se o dinheiro
público como propriedade privada e a obrigação como favor, ou
“parceria”. Propor ao município de São Luís como ajuda gerir uma de
suas unidades (com o devido recurso de custeio junto) é uma piada de
salão. Afinal, gestão nunca foi e nunca será o forte da governadora.
Bastam ver os megaprojetos prometidos como alavanca de
progresso e desenvolvimento aos maranhenses e que serviram apenas ao
desvio de recursos públicos como salangô, usimar, 72 hospitais… E muitos
outros. São exemplos, ou como ela gosta de falar “modelos”. Modelos de
gestão desastrosa, de desvios de recursos e de projetos inacabados e
abandonados. Por outro lado, entregar parte dos problemas encontrados
ao estado ainda demonstraria uma fragilidade administrativa e uma
confissão de incompetência antecipado.
Seria um prato cheio pra quem usa até a saúde de nossa
população para os fins criminosos de permanecerem apeados ao poder,
ainda que a custa de muitas vidas. O Maranhão assiste e julga esse
momento, tripudiam de nossos irmãos usando o descalabro do sistema de
saúde maranhense, esquecem que temos por aqui um Presidente do Senado
com grande influencia nacional e precisamos nos humilhar no vizinho
Piauí pra curar nossas mazelas.
A secretaria estadual de saúde atualmente não tem condições
sequer de resolver os problemas de gestão de abastecimento de água e
rede de esgoto no Maranhão, basta analisar os sistemas de São Luís,
Imperatriz, Pedreiras e Barão de Grajaú como exemplos. Todos os sistemas
no estado estão obsoletos, não possuem controle de qualidade de água
fornecida e utilizam ainda os nocivos Canos de Amianto em sua
distribuição. Uma triste realidade achar que a “gestão” estadual vai
resolver os problemas de saúde de nossa capital, fosse assim, não
estaríamos envergonhados e humilhados nas lanternas dos rankings
nacionais de saúde, educação, desenvolvimento e tantos quantos venham a
ser feitos.
Que venha 2014, gestão de verdade é o que queremos, chega de
politicagem barata até com o que é mais essencial ao nosso povo.
SIMPLÍCIO ARAÚJO DEPUTADO FEDERAL
Do UOL
As inscrições para o Prouni (Programa Universidade para Todos) do primeiro semestre de 2013 terminam às 23h59 desta segunda-feira (21). O cadastro deve ser realizado pelo www.siteprouni.mec.gov.br.
Segundo o MEC, todas as instituições participantes do Prouni devem
oferecer acesso gratuito à internet para os candidatos que desejarem se
inscrever. Haverá reserva de vagas para candidatos com deficiência e
também para os autodeclarados indígenas, pardos ou pretos.
Quem pode concorrer
Podem participar do Prouni estudantes que fizeram o ensino médio
integralmente em escola pública ou que tenham sido bolsistas em
instituição de ensino particular, também de forma integral.
Calendário
O processo terá duas chamadas de aprovados: no dia 24 de janeiro e 8 de
fevereiro. Segundo a portaria, “o estudante pré-selecionado deverá
comparecer à respectiva IES [instituição de ensino superior] para
aferição das informações prestadas em sua ficha de inscrição e eventual
participação em processo seletivo próprio da IES, quando for o caso”. As
datas para comprovação são as seguintes:
Os estudantes que não forem aprovados em nenhuma das duas chamadas
poderão manifestar interesse em participar da lista de espera nos dias
24 e 25 de fevereiro. Também serão efetuadas duas convocações da lista
de espera.
Veja o calendário completo do Prouni
| Evento | Data | |
| Início das inscrições | 17 de janeiro | |
| Término das inscrições | 21 de janeiro | |
| Primeira chamada | 24 de janeiro | |
| Confirmação de informações nas IES* – 1ª chamada | 24 a 31 de janeiro | |
| Registro e emissão de termos pelas IES – 1ª chamada | 24 de janeiro a 5 de fevereiro | |
| Segunda chamada | 8 de fevereiro | |
| Confirmação de informações nas IES – 2ª chamada | 8 a 19 de fevereiro | |
| Registro e emissão de termos pelas IES – 2ª chamada | 8 a 21 de fevereiro | |
| Manifestação de interesse na lista de espera | 24 e 25 de fevereiro | |
| Lista de espera – 1ª convocação | 28 de fevereiro | |
| Confirmação de informações nas IES* – 1ª convocação da lista | 28 de fevereiro a 5 de março | |
| Registro e emissão de termos pelas IES – 1ª convocação da lista | 28 de fevereiro a 7 de março | |
| Lista de espera – 2ª convocação | 8 de março | |
| Confirmação de informações nas IES* – 2ª convocação da lista | 8 a 13 de março | |
| Registro e emissão de termos pelas IES – 2ª convocação da lista | 8 a 15 de março |
Editorial do Jornal Pequeno – 18/01/2013
Uma brusca e louvável mudança no conceito de assessoria de comunicação aconteceu neste estado a partir da eleição do saudoso deputado João Evangelista, presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão.
Há oito anos, no auge de uma carreira política depois brutalmente interrompida pela fatalidade, João Evangelista convidava os jornalistas Jorge Vieira e Robson Paz para assumirem os cargos de diretor e diretor adjunto de Comunicação, respectivamente, do Poder Legislativo.
Foi montado, então, o mais arrojado projeto de comunicação do estado até aquela época, com a transmissão das sessões em tempo real, o que pôs fim à prioridade dada às matérias de interesse do governo, eliminou a censura disfarçada e até a intervenção subsidiada dos governos nos jornais da cidade com relação ao noticiário do Poder Legislativo.
Para os jornalistas que já estavam ali há algum tempo, parecia um sonho. A oposição parou de falar apenas para as quatro paredes da Assembleia, pois com a transmissão direta das sessões deixou de fazer sentido boicotar a divulgação de discursos e denúncias de parlamentares na imprensa. A tecnologia da internet foi posta a favor da liberdade de imprensa.
Convidado hoje pelo secretário de comunicação da Prefeitura Municipal de São Luís, Márcio Jerry, o jornalista Robson Paz assumiu a secretaria adjunta de comunicação da Prefeitura. Uma decisão correta, coerente e produtiva do senhor secretário, pois Robson Paz também esteve à frente desse inusitado projeto que instituiu os programas ‘Assembleia em Ação’ e ‘Assembleia em Foco’, que invadiram o rádio e a televisão maranhenses com um noticiário pela primeira vez isento e diversificado na história do Legislativo maranhense.
Caberia ao deputado Marcelo Tavares, na condição de presidente, realizar o que Robson Paz chama de ‘grande sonho do deputado João Evangelista’: a instalação da TV Assembleia. Afável politicamente, religioso e moderado em suas intermediações, adepto do companheirismo, mesmo com os colegas mais azedos, Robson Paz deixou a diretoria de Comunicação da Assembleia em outro grande momento: quando o presidente Arnaldo Melo e a atual diretora de Comunicação, Dulce Brito, organizam um esperado Complexo de Comunicação que unirá, estrategicamente, a TV, Portal, Rádio e Diário Oficial, inclusive com a construção de uma nova e mais funcional estrutura física.
No lugar de Robson Paz assume a diretoria adjunta de Comunicação na AL a jornalista e advogada Jacqueline Heluy que está na assessoria desde 1991 e cuja competência também dispensa comentários, pois restou demonstrada nas redações dos jornais ‘O imparcial’ e ‘O Estado do Maranhão’, na assessoria do Senac e na Associação dos Magistrados do Maranhão.
Na AMMA, por sinal, ganhou três concursos nacionais de jornalismo consecutivos. Só para mostrar à grande imprensa que os melhores ainda estão no Maranhão. Jacqueline Heluy é também uma escolha acertada e coerente da diretora Dulce Brito e do presidente Arnaldo Melo. A depender apenas de comunicação, a Prefeitura de São Luís e a Assembleia Legislativa do Maranhão vão muito bem, obrigado. O resto é com eles.
“O Maranhão não suportava mais nem queria o contraste de suas terras férteis, seus vales úmidos, seus babaçuais ondulantes , de suas fabulosas riquezas (…) com a miséria, com a angústia, com a fome, com o desespero…”
Em 1966, o então jovem de 36 anos José Sarney, eleito governador , empolgava o Maranhão com um discurso de posse literariamente contundente, cheio de palavras ásperas, prometendo colocar um fim na miséria e na corrupção que assolavam o Estado.
Ele prometia “mudar a face do Maranhão” e o povo, entusiasmado, aplaudia.
Quem quiser se emocionar com o discurso e com as imagens da pobreza do Estado cuja redenção se iniciava naquela posse, pode entrar no Youtube e digitar:“Maranhão 1966, documentário de Glauber Rocha”, e verá, em pouco mais de 8 minutos, um dos documentos mais chocantes já produzidos sobre a realidade política do País, dirigido pelo talento nascente daquele que viria a ser o mais mítico dos nossos cineastas.
Como poderia imaginar o jovem gênio do cinema que se vivo estivesse, agora, 47 anos depois da posse do governador Sarney, seria possível repetir o documentário com o mesmo roteiro de pobreza e miséria que aquele derramado discurso de posse prometia combater e eliminar.
O Maranhão é hoje, 47 anos depois do início do domínio da oligarquia Sarney, o penúltimo estado no Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, superado apenas pelo tenebroso estado de Alagoas, que já foi comandado também por um ex-presidente da República.
Uma semana atrás, o médico diretor de um hospital público do Maranhão, apelidado de Socorrão I, apareceu num programa de televisão e escreveu no Facebook pedindo à população que doasse alimentos e produtos de limpeza para que o hospital pudesse continuar funcionando.
O hospital é municipal, comporta 128 pacientes mas tem 216 internados, e o descalabro em que está é atribuído ao ex-prefeito João Castelo (PSDB), que acaba de encerrar a sua gestão.
O prefeito que assumiu decretou estado de emergência na saúde pública de São Luis.
O ex-prefeito, cuja maior obra é o estádio de futebol que consagra seu nome no aumentativo-Castelão-apesar de filiado ao PSDB, recebeu o apoio da governadora Roseane Sarney no segundo turno, mas perdeu para um político do obscuro PTC.
O Maranhão definha, e as palavras de José Sarney de 1966 perderam-se no vento, enquanto ele cortava a fita de inauguração da exposição “Modernidade no Senado Federal-Presidência de José Sarney”, paga com dinheiro público, na semana passada,em Brasília.
Dinheiro que poderia comprar comida para os doentes do Socorrão.
Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br